“MULHERES DIVINAS” (“DIE
GÖTTLICHE ORDNUNG”),
2017, Suíça, escrito e dirigido por Petra Biondina Volpe. A história,
ambientada em 1971, é centrada num grupo de mulheres de um vilarejo no interior
da Suíça que resolve aderir à campanha pelo direito ao voto feminino. Imaginem
só, na Suíça, país desenvolvido, as mulheres ainda não podiam votar até aquele
ano. O filme começa com um clipe bastante elucidativo, mostrando cenas reais de
1968, destacando as manifestações feministas em todo o mundo. Até 1971, os
avanços obtidos três anos antes não haviam chegado à pequena vila da Suíça, radicalmente
conservadora, onde as mulheres continuavam submissas aos maridos, presas aos
afazeres domésticos, proibidas de trabalhar fora e emitir qualquer tipo de
opinião, principalmente de cunho político. Esse contexto começa a mudar a
partir de Nora (Marie Leuenberger), casada e mãe de dois filhos, que resolve se
engajar na campanha pelo direito ao voto feminino. A ela juntam-se outras
mulheres decididas a se libertar do machismo reinante. A coisa pega fogo, pois além
do direito de votar elas resolvem também reivindicar o direito de trabalhar e
de conquistar sua emancipação sexual, o que rende cenas de muito bom humor,
principalmente quando uma sueca resolve fazer uma palestra sobre o prazer
feminino, incluindo temas como o orgasmo e a masturbação. Dessa forma, a
diretora Petra Volpe conseguiu tratar de um tema sério de maneira bem leve e divertida, tornando o filme bastante agradável de assistir. “Mulheres
Divinas” foi o filme selecionado para representar a Suíça no Oscar 2018 de
Melhor Filme Estrangeiro, mas não ficou entre os cinco finalistas. Aqui no
Brasil, foi exibido como uma das atrações da 41ª Mostra Internacional de Cinema
de São Paulo, em outubro/novembro de 2017.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
“VERÃO 1993” (“ESTIU
1993”), selecionado
para representar a Espanha no Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, foi
apontado por alguns críticos especializados como um dos grandes favoritos, mas
ficou de fora dos cinco finalistas, apesar de ter conquistado prêmios em vários
festivais de cinema pelo mundo afora em 2017. Trata-se do filme de estreia da
roteirista e diretora Carla Simón, que escreveu a história baseando-se em suas
memórias de infância. O filme é centrado na menina Frida (Laia Artigas), de
apenas seis anos de idade, que perdeu o pai e logo em seguida a mãe, tendo de sair de
Barcelona para morar com os tios Marga (Bruna Cusí) e Esteve (David Verdaguer)
na zona rural da Catalunha. Revoltada e invejosa, sentindo muito a falta da mãe,
Frida vai tumultuar o ambiente da nova família, o que inclui maltratar a
priminha mais nova. Para domá-la, Marga e Esteve terão que adotar as mais diferentes
formas de psicologia, mas não será nada fácil. Destaque para a ótima atuação da
atriz mirim Laia Artigas. Resumo da ópera: um filme de crianças feito para
adultos. De qualquer forma, um bom filme, mas exageradamente valorizado.
Assinar:
Postagens (Atom)