“FILHOS DA DINAMARCA” (“DANMARKS
SØNNER”), 2019, Dinamarca, 2h03m, em cartaz no Prime Vídeo, roteiro e direção
de Ulaa Salim (é o primeiro longa do cineasta dinamarquês de origem iraquiana).
Descobri este filme meio escondido no catálogo do Prime Vídeo, ao qual chegou
em outubro de 2021. Grata surpresa, principalmente por tratar, com muita seriedade
e competência, de temas importantes e atuais como a questão dos imigrantes e do terrorismo. A história é ambientada
em 2025, um ano depois de um atentado à bomba no metrô da capital Copenhague,
que matou 20 pessoas e feriu outras dezenas. Sem uma prova concreta sobre sua
autoria, a opinião pública acusou os imigrantes árabes muçulmanos e, desde
então, uma campanha contra eles foi iniciada, incentivada pelo candidato de
extrema-direita Martin Nordahl, favorito para ocupar o cargo de
primeiro-ministro. Com um poderoso discurso xenofóbico, Nordahl conseguiu um
grande número de adeptos, muitos deles pertencentes a uma organização radical
nacionalista intitulada “Filhos da Dinamarca”. Enquanto isso, um grupo
pró-árabe começou a planejar um novo atentado, para o qual foi recrutado o
jovem Zakaria (Mohammed Ismail Mohammed), de 19 anos. Zakaria foi submetido a
um treinamento especial por um extremista veterano do grupo, Ali (Zaki
Youssef). No meio da história, porém, há uma reviravolta que mudará o destino
de todos os envolvidos. Muita tensão é reservada ao espectador até o desfecho,
consagrando “Filhos da Dinamarca” como um filme dos mais interessantes e
realistas do atual cinema dinamarquês. O filme estreou por aqui durante a 43ª Mostra Internacional do Cinema de São Paulo na categoria "Novos Diretores". Recomendo.
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