Sabe
aquelas comédias juvenis tipo “American Pie”, com muita baixaria, palavrões e aquele
humor escatológico? Pois é, tudo isso está em “NÃO VAI DAR” (“BLOCKERS”),
2018, Estados Unidos, 1h42m, disponível na plataforma Netflix. A única
diferença está no fato do diretor ser uma mulher, no caso Kay Cannon, mais
conhecida até agora como roteirista. Aliás, o roteiro foi escrito por uma
equipe: Jon Hurwitz, Brian Kehoe, Jim Kehoe, Eben Russell e Hayden
Scholossberg. Tanta gente para um resultado tão pífio. O filme acompanha três adolescentes
amigas de infância que decidem, num pacto secreto, perderem a virgindade na noite
do baile de formatura. Os respectivos pais, sem querer, descobrem num
computador de uma delas os termos do pacto e ficam totalmente enlouquecidos. Só
que o baile já tinha começado. Eles saem correndo em busca das donzelas,
enfrentando um turbilhão de situações desastrosas, incluindo um acidente de
carro no caminho. Enfim, entrando na madrugada eles tentarão evitar que suas
filhas percam a “pureza”. Como escrevi no começo, tudo o que acontece no filme
é baseado na baixaria. O pano de fundo é o sexo, só se fala nisso, com diálogos
recheados de palavrões, termos chulos e frases de duplo sentido, além de cenas no mínimo repugnantes,
como o nu frontal de um homem de meia idade, jorros de vômito e até ingestão de
bebida pelo ânus, além de muito álcool e drogas. Quer mais? Então assista.
Anote o elenco: o péssimo John Cena, Leslie Mann (a única que se salva), Ike
Barinholtz, Kathryn Newton, Gina Gershon, Gary Cole, Geraldine Viswanathan e Gideon Adlon, só para citar os mais conhecidos. Desde a
tradução do título para o português (“Não vai Dar”), tudo no filme é apelação
generalizada. Tudo bem, tem gente que gosta. Mas avisa quem amigo é: se você
tem algo parecido com inteligência, fuja a galope!
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