“SHIVÁ
– UMA SEMANA E UM DIA” (“Shavua ue Yom”), 2016, Israel, 1h38,
primeiro longa-metragem escrito e dirigido pelo jovem diretor Asaph Polonsky,
de 35 anos, mais conhecido por curta-metragens e produções televisivas.
Trata-se de uma comédia, embora o pano de fundo envolva uma família enlutada. Eyal
Spivak (Shai Avivi) e sua esposa Vicky (Evgenia Dodina) acabam de sair do
período de Shivá, o que na religião judaica significa uma semana de luto,
quando os familiares permanecem em casa reverenciando a memória do ente
falecido. No caso, o filho de Eyal e Vicky. O filme é todo ambientado no dia
seguinte ao Shivá. O casal tenta retomar sua rotina habitual, sair do período
de luto. Mas só Vicky consegue. Ela é professora e vai ao colégio reiniciar
suas aulas, só que já colocaram uma substituta em seu lugar. Ao voltar para
casa, surpreende Eyal fumando maconha com o jovem Zooler (Tomer Kapon), seu
vizinho e amigo de infância do filho falecido. O diretor Asaph consegue tratar
da temática do luto com extrema leveza e bom humor. Algumas cenas são realmente
hilariantes, como aquela em que Eyal tenta enrolar um baseado ou outra quando
Zooler “toca” uma guitarra imaginária ao som de um rock pesado. “Shivá” foi
exibido pela primeira vez no Festival de Cannes 2016, conquistando o Prêmio Gan
Fundation de Distribuição na 55ª Semaine de La Critique. Também foi sucesso em
outros festivais, conquistando 8 prêmios e mais 14 indicações internacionais.
Realmente, um filme bastante interessante por sair da mesmice habitual. Por isso,
merece ser conferido por quem gosta de curtir novidades.
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