“MILADA”, 2017,
República Checa/EUA (Netflix), 2h10, é um drama biográfico centrado na
advogada, ativista dos direitos humanos e política Milada Horáková (1901-1950),
que ficou famosa por sua coragem na luta contra a ocupação nazista na Tchecoslováquia
durante a Segunda Guerra Mundial e depois contra o Partido Comunista (sob o
comando da Rússia) que assumiu o poder no país em 1948. O filme é dirigido por David
Mrnka (seu primeiro longa-metragem), com roteiro de Roberta Gant e Robert
Conant. Milada é interpretada de forma magistral pela atriz israelense Ayelet
Zurer. Por participar da resistência aos nazistas, Milada foi presa e torturada
pela Gestapo, sendo depois encaminhada para um campo de concentração. Ao fim da
Segunda Guerra, ela foi libertada como heroína do povo tcheco. Logo em seguida,
foi eleita deputada e, em 1948, com a tomada do poder pelos comunistas, ela
renunciou e acabou sendo presa novamente. Um julgamento totalmente parcial
julgou-a culpada pelo crime de traição à pátria, sendo condenada à morte por
enforcamento. O filme é ótimo, com destaque para a primorosa recriação de
época, figurinos, fotografia e, principalmente, pela atuação maravilhosa da
atriz Ayelet Zurer (“Ben-Hur”, “Os Últimos Cavaleiros”). Também merece destaque a reprodução de imagens cinematográficas da época enfocada. A cereja do bolo,
porém, é, sem dúvida, a história incrível de coragem de uma mulher que lutou pelo seu
país e jamais cedeu em suas opiniões. Imperdível!
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