“BEL
CANTO”, 2018, EUA, roteiro e direção de Paul Weitz. Inspirado em
fatos reais ocorridos no Peru em 1996, trata-se de uma adaptação cinematográfica
da histórica tomada da embaixada japonesa em Lima por guerrilheiros do
Movimento Revolucionário Túpac Maru, que durante quatro meses mantiveram centenas
de reféns, entre as quais embaixadores de vários países – inclusive o do Brasil
-, autoridades governamentais, empresários e figuras da alta sociedade peruana.
Para escrever o roteiro de “Bel Canto”, o diretor norte-americano tomou como
base o livro do mesmo nome escrito por Ann Patchett. Paul Weitz acrescentou
romance, cantoria e humor, exagerando na dose fantasiosa. O elenco é de
primeira: Julianne Moore, o astro japonês Ken Watanabe, o ator mexicano Demian
Bichir, o francês Christopher Lambert e o alemão Sebastian Kock. O filme, de
segunda – ou terceira. Julianne Moore interpreta uma cantora lírica
norte-americana famosa que é contratada para cantar na festa – na verdade, ela
dubla a soprano Renée Flemming. Ela e o empresário Katsumi Hosokawa (Watanebe)
acabam se apaixonando, um romance tão forçado quanto o do tradutor japonês com uma
guerrilheira. Além do mais, os guerrilheiros são retratados como se fossem
ótimas pessoas, vítimas do sistema. Tenha paciência! É de surpreender que
atores tão bons tenham participado dessa produção tão medíocre, alguns deles com uma atuação das mais constrangedoras, como o francês Christopher Lambert. E olha que o
diretor Paul Weitz já fez alguns filmes muito bons como “O Céu Pode Esperar”, “Um
Grande Garoto”, “Entrando numa Fria maior ainda com a Família”, entre outros. Enfim,
“Bel Canto” nada mais é do que um filme esquecível e descartável.
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