domingo, 8 de março de 2015

“THE BETTER ANGELS” (ainda sem tradução), 2014, é daqueles filmes que, aos 20 minutos do primeiro tempo, já tem gente abandonando a plateia. O primeiro sinal de que vem um filme esquisito está na menção, nos créditos, do nome do diretor Terrence Malick, que desta vez atuou como produtor. Mas dá na mesma, pois o diretor A. J. Edwards é tão pretensioso quanto. Na verdade, um discípulo do estilo de Malick (dos abomináveis “A Árvore da Vida” e “Amor Pleno”). Em "Amor Pleno", aliás, Malick contou com a ajuda de Edwards. “The Better Angels” é ambientado no início do século 19 no interior de Indiana e narra um período da infância de Abraham Lincoln. Apresenta Thomas Lincoln (Jason Clarke), o pai, como um homem severo e muitas vezes violento. O filme também aborda a doença e o falecimento da mãe biológica, Nancy Lincoln (Brit Marling), e o surgimento de Sarah Bush (Diane Kruger) como a segunda mãe de Ben (Braydon Denney). O filme é todo em P/B, tem poucos diálogos e a história é narrada in off por um primo que conviveu com Abraham Lincoln até este completar 21 anos de idade, quando saiu de casa e entrou para a história dos EUA. O filme é muito chato. Eu não marquei no relógio, mas a duração do filme é bem maior do que a 1h35 que vem nos créditos. A sensação, então, é que dura umas dez horas. Uma verdadeira bomba atômica. Perto desta, a de Hiroshima é um estalinho. De qualquer forma, os críticos mais afetados vão gostar e os estudantes de Cinema vão achar obra-prima. Nesse mundo, tem gosto pra tudo.                                                                                                                                 

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