“Em Nome de Deus”
(“Captive”), de 2012, é uma co-produção França/Filipinas/Reino Unido/Alemanha,
dirigida pelo diretor filipino Brilhante Mendoza (“Lola”). A história é baseada
num fato real acontecido em 2001, quando mais de 20 pessoas, em sua maioria
turistas, foram sequestradas nas Filipinas pelo grupo terrorista islâmico Abu
Say Yaf. A trajetória de sofrimento dos reféns, que vão ficar nas mãos dos
terroristas por mais de um ano, é contada da forma mais realista possível. Durante
todo o tempo, eles andam pela selva enfrentando, além do forte calor e a falta
de comida, ataques de formigas, cobras, escorpiões e vespas. De vez em quando, ainda
ficam expostos ao tiroteio entre terroristas e o exército filipino. Entre os
sequestrados está a francesa Thérese Bourgoine (Isabella Huppert), voluntária
de uma organização humanitária na Ilha de Palawan. É sob o ponto-de-vista dela
que a história é contada. O filme é de um realismo impressionante. Parece que
os atores e figurantes sofreram da mesma forma que as pessoas que passaram por
aquela terrível experiência. A câmera acompanha tudo como se fosse uma
reportagem de TV ou um documentário sobre o que aconteceu. O efeito é
angustiante. A atriz francesa Isabella Huppert é a única cara conhecida do
filme, que integrou a seleção oficial do Festival de Cinema de Berlim 2012.
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