Theodore (Joaquin Phoenix) é o personagem
principal do filme “Ela” (“Her” no
original – vai entender a tradução...), de 2013. A história é situada numa Los
Angeles de um futuro próximo (20, 50, 100 anos?). Ele é escritor de cartas para
os outros – ao estilo de Fernanda Montenegro em “Central do Brasil”, só que pela Internet. Numa fase
terrível de baixo astral em virtude do processo de divórcio, Theodore tenta
conhecer alguém em chats de bate-papo, mas acaba desistindo. Resolve, então, adquirir
e instalar em seu computador um sistema operacional cujo pacote compreende a
voz de uma mulher, Samantha (Scarlett Johansson, que infelizmente não aparece).
Papo vai, papo vem, ele acaba se apaixonando perdidamente pela tal Samantha, a
ponto de recusar duas transas com lindas mulheres (uma delas interpretada por Olivia
Wilde). Theodore passa 90% do filme conversando com a tal voz. Imagine a
chatice. Um dia, num ataque de ciúme, ele pergunta a Samantha se ela conversa
com mais alguém. Ela responde que conversa com mais de 8 mil. “Você se
apaixonou por alguém?”, ele pergunta. Meio
sem jeito, ela responde: “Por 641”. E por aí vai... Os cenários futuristas até que são
interessantes. Não me surpreendi pela esquisitice do filme, já que o diretor
Spike Jonze é especialista no assunto, vide “Adaptação” e “Quero ser John
Malkovich”. Que me desculpem os críticos
profissionais, que adoram Jonze e elogiaram “Ela”, mas minhas reações durante
o filme não passaram de alguns sonoros bocejos...
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