terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Theodore (Joaquin Phoenix) é o personagem principal do filme “Ela” (“Her” no original – vai entender a tradução...), de 2013. A história é situada numa Los Angeles de um futuro próximo (20, 50, 100 anos?). Ele é escritor de cartas para os outros – ao estilo de Fernanda Montenegro em “Central do Brasil”, só que pela Internet. Numa fase terrível de baixo astral em virtude do processo de divórcio, Theodore tenta conhecer alguém em chats de bate-papo, mas acaba desistindo. Resolve, então, adquirir e instalar em seu computador um sistema operacional cujo pacote compreende a voz de uma mulher, Samantha (Scarlett Johansson, que infelizmente não aparece). Papo vai, papo vem, ele acaba se apaixonando perdidamente pela tal Samantha, a ponto de recusar duas transas com lindas mulheres (uma delas interpretada por Olivia Wilde). Theodore passa 90% do filme conversando com a tal voz. Imagine a chatice. Um dia, num ataque de ciúme, ele pergunta a Samantha se ela conversa com mais alguém. Ela responde que conversa com mais de 8 mil. “Você se apaixonou por  alguém?”, ele pergunta. Meio sem jeito, ela responde: “Por 641”. E por aí vai... Os cenários futuristas até que são interessantes. Não me surpreendi pela esquisitice do filme, já que o diretor Spike Jonze é especialista no assunto, vide “Adaptação” e “Quero ser John Malkovich”.  Que me desculpem os críticos profissionais, que adoram Jonze e elogiaram “Ela”, mas minhas reações durante o filme não passaram de alguns sonoros bocejos... 

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