“MARSHAL”, EUA, 2017, direção de Reginald
Hudlin. Trata-se de um ótimo drama de tribunal, que ficou melhor ainda por ser
baseado em fatos reais. Ambientado no início dos anos 40, o filme recorda um
dos casos mais famosos do advogado Thurgood Marshall (Chadwick Boseman, o “Pantera
Negra” atualmente em cartaz), que anos mais tarde seria o primeiro juiz
afro-descendente a pertencer à Corte Suprema Americana. Em início de carreira, Marshall
percorria o território norte-americano como advogado da ANPPC (Associação Nacional
para o Progresso de Pessoas de Cor), defendendo os negros acusados, justa ou
injustamente, por algum crime – ser negro nos EUA, naquela época, era meio
caminho andado para a prisão. O caso retratado no filme relembra como Marshall
atuou na defesa do motorista particular Josepho Spell (Sterling K. Brown),
acusado de estuprar e tentar assassinar sua patroa, a socialite Eleonor
Strubing (Kate Hudson, ótima como mulher fatal). Durante o julgamento, Marshall contou com a colaboração
de Sam Friedman (Josh Gad), um advogado bastante atrapalhado e responsável por
várias e ótimas cenas de humor. A surpreendente reviravolta no final torna o
filme ainda mais interessante. “Marshall” disputará o Oscar 2018 na categoria Melhor
Canção Original (“Stand up for Something”).
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