sábado, 10 de outubro de 2020

 

“O AFOGAMENTO” (“THE DROWNING”), 2016, Estados Unidos, disponível na plataforma Netflix, 1h39m, direção de Bette Gordon. O roteiro, inspirado no livro “Border Crossing” (2001), de Pat Barker, foi escrito por Stephen Molton e Frank Pugliese. A história começa quando o psicólogo Tom Seymour (Josh Charles) e sua esposa Lauren (Julia Stiles) estão fazendo uma caminhada à beira de um lago. De repente, percebem que um jovem se atira na água evidentemente para se matar. Tom mergulha e consegue salvar o rapaz, que, para surpresa do psicólogo, identifica-se como Danny Miller (Avan Jogia), que há 12 atrás, quando tinha 11 anos de idade, foi condenado à prisão depois de cometer um assassinato. Durante o julgamento, Tom foi chamado para depor sobre as condições psicológicas do garoto assassino, chegando à conclusão de que ele deveria ser preso. Tanto tempo depois, Danny sai da cadeia no regime condicional, mas seu comportamento ainda é de um jovem perturbado que precisa urgentemente de auxílio psicológico. Ele passa a assediar a família de Tom, levando o espectador a crer que logo virá a vingança final por parte de Danny. O psicólogo também acredita nessa hipótese e começa a agir como um paranoico, o que afetará até mesmo o seu relacionamento com Lauren. Enfim, você espera que algo de ruim vem por aí, mas somente no desfecho é que acontece. Até lá, é só enrolação. A história até que não é ruim, mas poderia resultar num filme muito melhor se o roteiro fosse mais criativo, indo a fundo no suspense. O ator Avan Jogia foi mal escolhido para o papel de vilão da história. Seu jeito e sua aparência estão mais para um personagem de “Malhação”, tipo um jovem perdido e carente precisando do colo da mãe, e jamais um psicótico. Não há um ator que se destaque, a maioria atuando no piloto automático. Resumo da ópera: como suspense, “O Afogamento” nunca vem à tona.        

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