“AS GAROTAS DE CRISTAL”
(“LAS NIÑAS DE CRISTAL”), 2022, Espanha, disponível na Netflix, 2h19m, direção de Jota
Linares, que também assina o roteiro com a colaboração de Jorge Naranjo. Nunca
fui fã de balé clássico, muito menos no cinema, apesar de ter assistido alguns
bons filmes sobre o tema, como “Billy Elliot”, de 2000, “Cisne Negro”, que deu o Oscar 2011 de Melhor
Atriz para Natalie Portman, e “Birds of Paradise”, de 2021. Agora chega o espanhol
“As Garotas de Cristal”, um drama cujo pano de fundo explora os sacrifícios aos
quais são submetidos os bailarinos de uma grande companhia de balé, no caso a
National Classical Ballet da Espanha. Com a morte trágica de María Poza
(Samantha Vottari), primeira bailarina da companhia, é escolhida para
substituí-la no principal papel da peça “Giselle” a jovem e bela Irene (Maria
Pedraza), para a inveja das suas colegas, que passam a tratá-la como inimiga, a
ponto de colocarem cacos de vidro no chão do banheiro para machucá-la. Irene,
porém, encontra no grupo uma amiga que será importante para ajudá-la a
enfrentar os desafios dos duros ensaios comandados pela exigente Norma
(Mona Martinez). Essa amiga é Aurora (Paula Lozada), que até o desfecho da
história acompanhará de perto as dificuldades de Irene e irá apoiá-la de todas
as maneiras. Completam o elenco Marta Hazas, Ana Wagener, Iria Del Rio, Silvia
Kal, Andrés Lima, Olivia Gaglivi, Javier Lago e Juanjo Almeida. Esteticamente, “As
Garotas de Cristal” é um belo filme, com uma primorosa fotografia (Gris Jordana)
e, em especial, com as ótimas coreografias das cenas de balé. Claro que não é
um filme para qualquer público, mas recomendo mesmo assim.
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