sexta-feira, 1 de agosto de 2014
“A Ravina do Adeus” (“Sayonara
Keikoku”), 2013, é um drama japonês dos mais depressivos. Começa com a prisão
de Satomi Tachibana (Anne Suzuki), acusada de ter matado o próprio filho – o corpo
do bebê foi encontrado na tal ravina do título. A polícia continua as
investigações e chega ao casal Tanako (Yoko Maki) e Shunsuke (Shima Onishi),
moradores da casa vizinha. Shunsuke é levado a interrogatório e confessa que
estava tendo um caso com Satomi. Até aí, a coisa fica toda esclarecida. Depois,
porém, a história toma outro rumo e o casal passa a ser o foco central. Isto
porque o repórter Watanabe (Nao Omori), de um jornal local, descobre um fato
tenebroso envolvendo o passado de Shunsuke: na universidade, ele e mais três
amigos estupraram uma estudante. Em flashbacks, o diretor Tatsushi Ohmori
mostra o sentimento de culpa que tomou conta de Shunsuke após o episódio. Ao
espectador, caberá uma inesperada surpresa com relação à identidade da vítima
do estupro. O ritmo lento, com cenas muito longas, pode incomodar. Em alguns
momentos, a cena parece ter sido congelada e você vai ter a sensação de que o aparelho de
DVD travou. O mais desagradável, porém, para quem está a fim de um
entretenimento, é o estado depressivo que domina os personagens. Antes de assistir, tome um Prozac.
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