“UM
AUTÊNTICO VERMEER” (“EEN ECHTE VERMEER”), 2016, Holanda, 1h55m, roteiro
e direção de Rudolf Van Den Berg. Trata-se de uma história baseada em fatos
reais, ou seja, a trajetória do pintor holandês Han Van Meegeren (Jeroen
Spitzenberger), que ficou famoso na Amsterdã dos anos 20 do século passado por
apresentar, em suas telas, um estilo semelhante aos grandes pintores clássicos holandeses
do Século 17, Rembrandt e Johannes Vermeer. Seu sucesso, porém, teria vida
curta, principalmente depois que conheceu e se apaixonou pela atriz de teatro
Jolanka Lakatos (Lize Feryn), casada com Abraham Bredius (Porgy Franssen), o
mais importante marchand e crítico de
arte da Holanda. Enciumado pelo assédio de Meegeren sobre sua esposa, Bredius
destruiu a carreira de Meegeren, que resolveu se vingar não apenas tornando-se
amante de Jolanka, como também pintando telas falsas de Vermeer para o oponente
comercializar como sendo verdadeiras. O filme acompanha a trajetória de
Meegeren até depois da Segunda Guerra Mundial, quando ele é julgado como
suspeito de colaborar com o exército nazista que ocupou a Holanda durante o
conflito - ele presenteou os oficiais alemães e até Hitler com algumas de suas
obras. O diretor holandês Van Den Berg (“Süskind” e “Tirza”) acertou ao
escolher uma história tão interessante e pouco conhecida. Acertou também na
escolha do elenco, na fotografia e, principalmente, na reconstituição de época –
figurinos e cenários. Por aqui, o filme foi exibido durante a programação oficial
da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Vale a pena assistir!
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