sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

 

“A VÍTIMA NÚMERO 8” (“LA VÍCTIMA NÚMERO OCHO”), 2019, minissérie espanhola em oito capítulos, produção original Netflix, direção de Alejandro Bazzano e Menna Fité, com roteiro de Sara Antuña, Marc Cistaré, Esther Morales, Abraham Sastre e David Bermejo. A história foi inspirada no atentado ocorrido em Barcelona em 2017, quando uma van atropelou e matou 13 pessoas, sendo considerado um ataque terrorista. O ponto de partida da minissérie (ficcional) é justamente um atentado semelhante ocorrido na cidade de Bilbao, quando 7 pessoas morrem atropeladas por uma van. A oitava vítima, que morreu logo depois no hospital, era o importante empresário Gorka Azcarate, diretor de uma grande empresa de Bilbao. Nas imagens captadas por uma câmera na rua, é possível ver a fuga do motorista da van depois do atentado. Os policiais o identificam como o jovem muçulmano Omar Jamaal (César Mateo), que então passa a ser caçado por toda a Espanha. A detetive Koro (Verónika Moral), da polícia de Bilbao, é encarregada das investigações. Mesmo grávida de 8 meses, com um barrigão enorme, Koro dispensa uma licença médica para continuar no caso. A trama envolverá vários personagens que terão papéis importantes durante o desenrolar da história, como a jovem Edurne (María de Nati), namorada de Omar, o jornalista Eche (Marciel Álvarez), Gaizka (Iñaki Ardanaz), irmão do falecido Gorka, a fogosa viúva Almodena (Lisi Linder), José María, o patriarca da família Azcarate, e os familiares de Omar. Outros personagens que terão importância na trama são o comissário Muguruza, chefe de Koro, e o agente federal Gorostiza (Óscar Zafra). Do começo ao desfecho, a minissérie destaca a caçada a Omar, embora haja indícios de que uma conspiração ainda maior possa estar por trás do atentado. Enfim, a série segue com muitas reviravoltas, pouca ação, muita enrolação e tramas paralelas, além de algumas forçadas de barra do roteiro e erros evidentes de continuidade. O pior deles é aquele em que dois árabes estão nus, encapuçados, amarrados e sentados numa cadeira. Poucos segundos depois, um deles aparece totalmente vestido. Não é uma falha que interfira no resultado final, mas soma-se a tantos detalhes que não convencem. A história não precisava ser tão arrastada. Talvez funcionasse melhor em apenas um filme com duração normal. Não há motivos, portanto, para uma recomendação, a não ser o bom elenco e as imagens da bonita cidade de Bilbao. Quando foi lançada, esperava-se uma segunda temporada para a minissérie, o que ainda não aconteceu, comprovando que a aceitação da primeira não foi das melhores.                

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