“A VÍTIMA
NÚMERO 8” (“LA VÍCTIMA NÚMERO OCHO”), 2019, minissérie espanhola em oito capítulos,
produção original Netflix, direção de Alejandro Bazzano e Menna Fité, com
roteiro de Sara Antuña, Marc Cistaré, Esther Morales, Abraham Sastre e David
Bermejo. A história foi inspirada no atentado ocorrido em Barcelona em 2017, quando
uma van atropelou e matou 13 pessoas, sendo considerado um ataque terrorista. O
ponto de partida da minissérie (ficcional) é justamente um atentado semelhante ocorrido
na cidade de Bilbao, quando 7 pessoas morrem atropeladas por uma van. A oitava
vítima, que morreu logo depois no hospital, era o importante empresário Gorka
Azcarate, diretor de uma grande empresa de Bilbao. Nas imagens captadas por uma
câmera na rua, é possível ver a fuga do motorista da van depois do atentado. Os
policiais o identificam como o jovem muçulmano Omar Jamaal (César Mateo), que
então passa a ser caçado por toda a Espanha. A detetive Koro (Verónika Moral),
da polícia de Bilbao, é encarregada das investigações. Mesmo grávida de 8
meses, com um barrigão enorme, Koro dispensa uma licença médica para continuar
no caso. A trama envolverá vários personagens que terão papéis importantes durante
o desenrolar da história, como a jovem Edurne (María de Nati), namorada de
Omar, o jornalista Eche (Marciel Álvarez), Gaizka (Iñaki Ardanaz), irmão do
falecido Gorka, a fogosa viúva Almodena (Lisi Linder), José María, o patriarca
da família Azcarate, e os familiares de Omar. Outros personagens que terão
importância na trama são o comissário Muguruza, chefe de Koro, e o agente
federal Gorostiza (Óscar Zafra). Do começo ao desfecho, a minissérie destaca a
caçada a Omar, embora haja indícios de que uma conspiração ainda maior possa
estar por trás do atentado. Enfim, a série segue com muitas reviravoltas, pouca
ação, muita enrolação e tramas paralelas, além de algumas forçadas de barra do
roteiro e erros evidentes de continuidade. O pior deles é aquele em que dois árabes
estão nus, encapuçados, amarrados e sentados numa cadeira. Poucos segundos depois, um
deles aparece totalmente vestido. Não é uma falha que interfira no resultado
final, mas soma-se a tantos detalhes que não convencem. A história não
precisava ser tão arrastada. Talvez funcionasse melhor em apenas um filme com
duração normal. Não há motivos, portanto, para uma recomendação, a não ser o bom elenco e as imagens da bonita cidade de Bilbao. Quando foi lançada, esperava-se uma segunda temporada para a minissérie, o que ainda não aconteceu, comprovando que a aceitação da primeira não foi das melhores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário