Nos anos 60 e 70, o ator norte-americano
Burt Reynolds era idolatrado como galã e por sua atuação em filmes como “Amargo
Pesadelo” e “Agarre-me se Puderes”. Tantos anos depois, Reynolds volta – aos 82
anos, velho e alquebrado – à telinha como o astro principal do drama “O ÚLTIMO ASTRO DO CINEMA” (“The Last Movie
Star”), 2018, EUA, roteiro e direção de Adam Rifkin. Ele interpreta Vic
Edwards, um antigo ator de grande sucesso em Hollywood, mas que hoje está quase
esquecido e sem dinheiro. É como se fosse o próprio Burt Reynolds - não sei se o "sem dinheiro" pode ser aplicado ao astro. Vic mora em
Los Angeles e recebe um convite para ser homenageado no International Nashville
Filme Festival, em Nashville, a capital do Estado de Tenesse. Para enfatizar a
importância do tal festival, os organizadores mencionam no convite que Robert
De Niro e Clint Eastwood já tinham sido homenageados no evento. Com o incentivo
do amigo Sonny (Chevy Chase), Vic topa participar do festival. Quando chega a
Nashville, porém, percebe que algo está errado. Não é uma limusine que vem
pegá-lo e sim um carro caindo aos pedaços dirigido pela maluquinha Lil McDougal
(Ariel Winter), encarregada de ciceroneá-lo durante os dias de evento. Vic
descobre que não há tapete vermelho nem holofotes, mas um esquema dos mais
amadores. O roteirista e diretor Rifkin teve uma ótima ideia: pegou alguns
filmes antigos de Reynolds e, através de efeitos especiais muito bem feitos, fez
com que Vic contracenasse com o astro, como se estivesse no filme. Não duvido
que, por sua sensível interpretação, Burt Reynolds receba uma indicação ao Oscar
2019. Resumo da ópera: o filme é ótimo, tem muito humor, ótimos diálogos e um
elenco bastante afinado com Reynolds. Um filme muito agradável de assistir. Na verdade, achei um belo tributo àquele
que foi um dos grandes astros de Hollywood. Termino informando que o título em
português é de minha autoria, já que o filme ainda não chegou por aqui e,
portanto, não tem tradução oficial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário