domingo, 17 de dezembro de 2017

“DUNKIRK”, 120 minutos, EUA, retrata um dos episódios mais impressionantes e incríveis da Segunda Guerra Mundial. Em maio de 1940, mais de 300 mil soldados ingleses e aliados foram encurralados pelas tropas alemãs nas praias de Dunkirk, em território francês (nos livros de história que li, o nome que aparecia era sempre Dunquerque). Se não houvesse a evacuação imediata, os soldados certamente teriam sido mortos pelo exército nazista, maior em número e bem mais armado. A estratégia emergencial colocada em prática – que recebeu o nome de Operação Dínamo foi a utilização de embarcações civis e militares para buscar os soldados do outro lado do Canal da Mancha e levá-los para a Inglaterra. No total, foram utilizados 665 barcos civis e 222 embarcações militares. O primeiro-ministro Winston Churchill queria os soldados de volta para reforçar a defesa da Inglaterra contra uma possível invasão alemã. No filme, escrito e dirigido pelo inglês Christopher Nolan (conhecido pela trilogia Batman, “Intersestelar”, “Amnésia” e “A Origem”), a ação predomina em ritmo frenético, numa proposta visual bastante ousada, com algumas cenas realmente sensacionais e poucos diálogos. O filme foi realizado sob três perspectivas diferentes: terra, mar e ar. Na terra, o enfoque envolveu as tentativas do soldado Tommy (Fionn Whitehead) e de seus companheiros de fugir da praia e entrar numa das embarcações. No mar, a ação privilegiou os esforços das embarcações civis em chegar a Dunkirk e resgatar os soldados, em especial o barco de Dawson (Mark Rylance). No ar, o filme destacou os esforços do piloto Ferrier (Tom Hardy) em afastar os aviões alemães de Dunkirk, em ótimas cenas de batalha aérea. O filme de Nolan é muito bom e tem tudo para conquistar algumas indicações ao Oscar 2018, incluindo até mesmo a trilha sonora criada por Hans Zimmer. Sem dúvida, um dos melhores filmes de guerra feitos nos últimos anos.                   

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