segunda-feira, 2 de julho de 2018


“AS MARAVILHAS” (“LE MARAVIGLIE”), 2014, Itália, roteiro e direção de Alice Rohrwacher. A história se concentra numa família que mora na zona rural da Úmbria, região da Toscana. Wolfgang (Sam Louwyck) e Angélica (Alba Rohrwacher, irmã da diretora) e mais as quatro filhas se sustentam como apicultores, na produção artesanal de mel. O filme é centrado basicamente na figura de Gelsomina (a ótima atriz estreante Maria Alexandra Lungu), a filha mais velha e, por isso mesmo, mais cobrada pelo pai autoritário. Wolfgang, aliás, embora trabalhe bastante, de vez em quando tenta um negócio diferente, sempre perdendo dinheiro. Sua última empreitada esquisita foi a compra de um camelo. O filme mostra basicamente a rotina diária da família, tanto no trabalho como nas horas de lazer. Em meio a esse contexto surge a equipe de produção de um programa televisivo chamado “Ilha das Maravilhas”, cuja apresentadora é chamada de Milly Catena (ninguém menos do que a diva Monica Bellucci!). O programa promove um concurso para premiar famílias empreendedoras e Gelsomina inscreve a sua, a contragosto do pai. Este foi o segundo longa-metragem escrito e dirigido por Alice Rohrwacher, que se inspirou na história da própria família, que morou naquela região e cujo pai também era apicultor. Para definir o que achei do filme, vou reproduzir uma frase do crítico Lucas Salgado, do site Adoro Cinema: “É difícil se empolgar, mas também é difícil não se envolver”. Para ilustrar ainda mais meu comentário, acrescento que o filme foi premiado em vários festivais pelo mundo afora, incluindo o de Sevilha e de Munique. No Festival de Cannes, ganhou o Grande Prêmio do Júri. Não digo que seja imperdível, mas é muito bom.                            

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