quarta-feira, 20 de maio de 2015

“VÍCIO INERENTE” (“Inherent Vice”), 2014, EUA, é um drama bem-humorado baseado em livro de Thomas Pynchon. A história, ambientada em 1970 na cidade de Los Angeles, é centrada no detetive particular Larry “Doc” Sportello (Joaquin Phoenix), que, a pedido da ex-namorada Shasta Fay Hepworth (Katherine Waterston), começa a investigar o desaparecimento do atual namorado dela, um empresário do ramo imobiliário. Em meio ao seu trabalho, “Doc” acaba se desentendendo com o detetive Christian “Bigfood” Bjorsen (Josh Brolin), encarregado oficial do caso. “Doc” passa o filme inteiro totalmente chapado, maconha como combustível – de vez em quando, cocaína. É um personagem asqueroso, sujo e maltrapilho, enfim, um hippie da pior qualidade. Seu único fator positivo é ficar igualzinho a John Lennon quando coloca aqueles óculos escuros redondinho. Joaquin Phoenix está ótimo no papel, provando que é um ator bastante versátil. A trama é meio complicada e pode confundir o espectador, principalmente pelos inúmeros personagens que aparecem no meio da história. Para complementar o quadro geral meio estranho, o escritório de “Doc” fica dentro de uma clínica médica. Tem até uma cena onde um grupo de rock aparece comendo pizza ao estilo do quadro da Santa Ceia. É claro que todo esse cenário é obra do diretor Paul Thomas Anderson (“Sangue Negro”, “O Mestre”, “Magnólia”), acostumado em não economizar esquisitices. Vale pelo humor, ambientação de época e, principalmente, pelo ótimo elenco, que conta também com Reese Witherspoon, Benício Del Toro, Martin Short, Owen Wilson e Eric Roberts (o irmão da Júlia). Não chega a ser bom, mas um filme bastante interessante.     

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