domingo, 29 de abril de 2018


Embora tenha assistido a alguns bons filmes no gênero, nunca fui chegado a histórias com temática gay, principalmente por causa das cenas de sexo entre dois homens, por exemplo, mesmo que sejam realizadas com alguma sensibilidade, como é o caso do drama romântico “ME CHAME PELO SEU NOME” (“CALL ME BY YOUR NAME”), coprodução EUA/Itália/França/Brasil (isso mesmo, tem um brasileiro, Rodrigo Teixeira, no time de produção). A direção é do italiano Luca Guadagnino (“100 Escovadas Antes de Dormir”), com roteiro do consagrado James Ivory (diretor de “Vestígios do Dia”). A história é baseada no romance homônimo do escritor egípcio André Aciman e ambientada em 1983. A família do professor Perlman, especialista em cultura grego-romana, está passando as férias de verão numa casa de campo no interior da Itália. Logo chega o acadêmico Oliver (Armie Hammer) para ajudar o professor numa pesquisa arqueológica. Os diálogos, tanto em inglês, italiano e francês, contêm uma grande dose de erudição, principalmente quando o assunto é arte. Até o surgimento de Oliver, o jovem Elio (Timothée Chalamet), 17 anos, filho do professor, saía com uma turma de jovens e uma delas era sua namorada. Elio e Oliver acabam ficando amigos inseparáveis e, depois, muito mais do que amigos. O filme é de grande beleza estética, incluindo a excelente fotografia, locações e cenários deslumbrantes. Estreou no Sundance Festival e também foi exibido durante o 42º Festival de Toronto, em setembro de 2017. Embora a ala conservadora de Hollywood tenha criticado sua temática, o filme ganhou o Oscar 2018 na categoria “Roteiro Adaptado”. Não é para qualquer público, principalmente aquele cuja cultura está no nível do carpete.        

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