Embora tenha assistido a alguns bons
filmes no gênero, nunca fui chegado a histórias com temática gay,
principalmente por causa das cenas de sexo entre dois homens, por exemplo, mesmo
que sejam realizadas com alguma sensibilidade, como é o caso do drama romântico
“ME CHAME PELO SEU NOME” (“CALL ME BY
YOUR NAME”), coprodução EUA/Itália/França/Brasil (isso mesmo, tem um brasileiro,
Rodrigo Teixeira, no time de produção). A direção é do italiano Luca Guadagnino
(“100 Escovadas Antes de Dormir”), com roteiro do consagrado James Ivory
(diretor de “Vestígios do Dia”). A história é baseada no romance homônimo do
escritor egípcio André Aciman e ambientada em 1983. A família do professor
Perlman, especialista em cultura grego-romana, está passando as férias de verão
numa casa de campo no interior da Itália. Logo chega o acadêmico Oliver (Armie
Hammer) para ajudar o professor numa pesquisa arqueológica. Os diálogos, tanto
em inglês, italiano e francês, contêm uma grande dose de erudição,
principalmente quando o assunto é arte. Até o surgimento de Oliver, o jovem Elio
(Timothée Chalamet), 17 anos, filho do professor, saía com uma turma de jovens
e uma delas era sua namorada. Elio e Oliver acabam ficando amigos inseparáveis e, depois, muito mais do que amigos. O filme é de grande beleza estética, incluindo a excelente
fotografia, locações e cenários deslumbrantes. Estreou no Sundance Festival e
também foi exibido durante o 42º Festival de Toronto, em setembro de 2017.
Embora a ala conservadora de Hollywood tenha criticado sua temática, o filme
ganhou o Oscar 2018 na categoria “Roteiro Adaptado”. Não é para qualquer
público, principalmente aquele cuja cultura está no nível do carpete.
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