“CRAZY
TRIPS – BUDAPESTE” (“BUDAPEST”), 2018, França, 1h42m, disponível na plataforma
Netflix, direção de Xavier Gens, seguindo roteiro escrito por Simon Moutaïrou e
Manu Payet. Trata-se de uma comédia com doses maciças de besteirol e politicamente
incorreta. Vincent (Manu Payet, um dos roteiristas) e Arnaud (Jonathan Cohen)
são amigos de longa data, moram em Paris com suas esposas e vivem num padrão de
vida elevado graças aos seus salários de altos executivos em suas respectivas
empresas. Cansados da rotina dos escritórios, e depois de ouvirem o relato de
uma prostituta húngara de 69 anos numa espelunca, eles têm uma ideia se não
maluca, pelo menos muito arriscada e inusitada. Ou seja, criar uma agência de
turismo para promover festas de despedida de solteiros em Budapeste.
Segundo a dica da prostituta, lá na Hungria a mão de obra é muito barata e há
uma quantidade enorme de mulheres, muito maior do que a população masculina. Ainda
segundo ela, a libertinagem corre solta em Budapeste, com lugares especialmente
dedicados à diversão masculina. Antes de tomarem qualquer decisão, Vincent e
Arnaud viajam para Budapeste e contratam um guia maluco para orientá-los e levá-los
até as tais atrações. Depois dessa primeira experiência, os dois amigos voltam
a Paris com a certeza de que o negócio tem tudo para dar certo. Para desespero
de suas esposas, eles pedem demissão de seus empregos e iniciam o processo para
a criação da empresa de turismo, cujo slogan é “Um Final de Semana de Solteiro
em Budapeste”. A promoção inclui recepção e transporte com limusine e hospedagem
em hotel três estrelas, além das atrações especiais: passeio em tanque de guerra,
praticar tiro com armas de pesado calibre e bares de luxo com direito a lindas
garotas de programa e, se quiserem, drogas à vontade. O primeiro grupo é um
desastre, causando um prejuízo enorme aos dois novos empresários. Mas os
pedidos aumentam cada vez mais e o negócio deslancha. Muitas confusões acontecem
pelo caminho, lembrando as comédias besteirol do tipo “Se Beber Não Case”, ou
seja, sem compromisso nenhum com o intelecto, o que proporciona um merecido
descanso para os neurônios. Resumindo, mesmo que o humor seja tão escrachado, o
filme diverte. Lembrete final: "Crazy Trips - Budapeste" foi inspirado numa agência de turismo de Paris que promove esse tipo de programa.
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