“ÁRVORE
DE SANGUE” (“EL ÁRBOL DE LA SANGRE”), 2018, Espanha, 2h10m, disponível na Netflix,
roteiro e direção de Julio Medem. Puro drama ao estilo novelão, cuja trama lembra
alguns romances de Gabriel García Márquez, “Cem Anos de Solidão”, por exemplo,
incluindo elementos do realismo fantástico, como uma vaca caindo de uma árvore.
O filme espanhol acompanha a história de duas famílias bascas desde a época da
Guerra Civil Espanhola. Durante essa trajetória, ambas estarão ligadas por laços
familiares e de amizade. Nos tempos atuais, os namorados Rebeca (Úrsula
Corberó) e Marc (Álvaro Cervantes) se confinam na casa da fazenda da família
dela para escrever a história das suas respectivas famílias. Até a metade do
filme, o roteiro mistura uma série de personagens sem explicar exatamente quem
são, o que dificulta o entendimento por parte do espectador. Como um
quebra-cabeças, as peças vão se encaixando e finalmente a gente começa a
entender o que está acontecendo e quem é quem. Repleto de flashbacks, o filme tenta
explicar como as duas famílias começaram a se relacionar, em um enredo repleto de
tragédias, traições, assassinatos, segredos perturbadores e romances proibidos.
Não faltam inúmeras cenas de sexo – nenhuma explícita -, uma característica dos
filmes do diretor Julio Medem, como já comprovaram “Lúcia e o Sexo”, de 2001, e
“Um Quarto em Roma”, de 2010. A fotografia caprichada de Kiko de Larica e o
elenco são dois pontos altos do filme. Além de Corberó e Cervantes, atuam
outros nomes expressivos do cinema espanhol, como Najwa Nimri, Joaquín Furriel,
Maria Molins, Daniel Grao, Ángela Molina, Josep Maria Pou e Patricia López Arnaiz. Enfim, “Árvore de Sangue” tem todos os ingredientes para agradar aos
espectadores que curtem uma história de saga familiar.
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