sexta-feira, 5 de março de 2021

 

 

“ÁRVORE DE SANGUE” (“EL ÁRBOL DE LA SANGRE”), 2018, Espanha, 2h10m, disponível na Netflix, roteiro e direção de Julio Medem. Puro drama ao estilo novelão, cuja trama lembra alguns romances de Gabriel García Márquez, “Cem Anos de Solidão”, por exemplo, incluindo elementos do realismo fantástico, como uma vaca caindo de uma árvore. O filme espanhol acompanha a história de duas famílias bascas desde a época da Guerra Civil Espanhola. Durante essa trajetória, ambas estarão ligadas por laços familiares e de amizade. Nos tempos atuais, os namorados Rebeca (Úrsula Corberó) e Marc (Álvaro Cervantes) se confinam na casa da fazenda da família dela para escrever a história das suas respectivas famílias. Até a metade do filme, o roteiro mistura uma série de personagens sem explicar exatamente quem são, o que dificulta o entendimento por parte do espectador. Como um quebra-cabeças, as peças vão se encaixando e finalmente a gente começa a entender o que está acontecendo e quem é quem. Repleto de flashbacks, o filme tenta explicar como as duas famílias começaram a se relacionar, em um enredo repleto de tragédias, traições, assassinatos, segredos perturbadores e romances proibidos. Não faltam inúmeras cenas de sexo – nenhuma explícita -, uma característica dos filmes do diretor Julio Medem, como já comprovaram “Lúcia e o Sexo”, de 2001, e “Um Quarto em Roma”, de 2010. A fotografia caprichada de Kiko de Larica e o elenco são dois pontos altos do filme. Além de Corberó e Cervantes, atuam outros nomes expressivos do cinema espanhol, como Najwa Nimri, Joaquín Furriel, Maria Molins, Daniel Grao, Ángela Molina, Josep Maria Pou e Patricia López Arnaiz. Enfim, “Árvore de Sangue” tem todos os ingredientes para agradar aos espectadores que curtem uma história de saga familiar.    

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