domingo, 13 de setembro de 2020

 

“THE ARBITRATION” (a Netflix manteve o título original, em inglês; na tradução para a nossa língua, “Arbitragem”), 2016, Nigéria, 1h52m. Antes de torcer o nariz pelo fato do filme ser nigeriano, saiba que a Nigéria é o segundo maior produtor de filmes do mundo, atrás da Índia e na frente dos Estados Unidos. Como existe Hollywood nos EUA, os críticos profissionais chamam a indústria do cinema na Índia de Bollywood e a da Nigéria de Nollywood. “The Arbitragion”, falado em inglês, conta a história do julgamento de um bem sucedido empresário do setor de Informática acusado de estuprar e demitir ilegalmente uma de suas funcionárias, por sinal, também sua amante. Pode ser considerado um filme de tribunal, embora não tenha juiz ou júri, apenas as partes envolvidas e seus respectivos advogados. Funciona como uma corte de conciliação. Dessa forma, com exceção de algumas cenas em flashbacks, o filme inteiro é ambientado num tipo de sala de reuniões. Frente à frente, lá estão Dara (Adesua Etomi), a acusadora, e sua advogada Owawmi (Somkele Idhalama) e, do outro lado da mesa, Gbenga (Oc Uveje), o acusado, e sua advogada, Funlaya Johnson (Ritiola Doyle), além do mediador Tomisin Bucknor (Sola Fosudo) e uma escrevente. As discussões não se referem apenas às acusações de estupro e demissão ilegal. Envolvem ainda uma questão societária, já que uma parte das ações da empresa do acusado é também alvo da luta judicial. No fim das contas, o que se espera da história é que no seu desfecho seja revelado quem está falando a verdade, ou seja, quem é a vítima e o vilão. A resposta fica por conta do espectador. O roteirista e diretor Niyi Akinmolayan é muito conhecido no país africano por ter dirigido “The Wedding Party 2”, o filme nigeriano de maior bilheteria de todos os tempos. Portanto, ao assistir “The Arbitration”, você terá a oportunidade de conhecer um pouco do cinema nigeriano.    

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