“THE
ARBITRATION”
(a Netflix manteve o título original, em inglês; na tradução para a nossa
língua, “Arbitragem”), 2016, Nigéria, 1h52m. Antes de torcer o nariz pelo fato
do filme ser nigeriano, saiba que a Nigéria é o segundo maior produtor de
filmes do mundo, atrás da Índia e na frente dos Estados Unidos. Como existe
Hollywood nos EUA, os críticos profissionais chamam a indústria do cinema na
Índia de Bollywood e a da Nigéria de Nollywood. “The Arbitragion”, falado em
inglês, conta a história do julgamento de um bem sucedido empresário do setor
de Informática acusado de estuprar e demitir ilegalmente uma de suas
funcionárias, por sinal, também sua amante. Pode ser considerado um filme de
tribunal, embora não tenha juiz ou júri, apenas as partes envolvidas e seus
respectivos advogados. Funciona como uma corte de conciliação. Dessa forma, com exceção de algumas cenas em flashbacks,
o filme inteiro é ambientado num tipo de sala de reuniões. Frente à frente, lá
estão Dara (Adesua Etomi), a acusadora, e sua advogada Owawmi (Somkele
Idhalama) e, do outro lado da mesa, Gbenga (Oc Uveje), o acusado, e sua
advogada, Funlaya Johnson (Ritiola Doyle), além do mediador Tomisin Bucknor (Sola Fosudo) e uma escrevente. As discussões não se referem apenas
às acusações de estupro e demissão ilegal. Envolvem ainda uma questão
societária, já que uma parte das ações da empresa do acusado é também alvo da
luta judicial. No fim das contas, o que se espera da história é que no seu desfecho
seja revelado quem está falando a verdade, ou seja, quem é a vítima e o vilão. A
resposta fica por conta do espectador. O roteirista e diretor Niyi Akinmolayan
é muito conhecido no país africano por ter dirigido “The Wedding Party 2”, o
filme nigeriano de maior bilheteria de todos os tempos. Portanto, ao assistir “The
Arbitration”, você terá a oportunidade de conhecer um pouco do cinema
nigeriano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário