sexta-feira, 18 de setembro de 2020

“OFERENDA À TEMPESTADE” (“Ofrenda a La tormenta”), 2020, Espanha, 2h14m, roteiro e direção de Fernando González Molina. Trata-se do terceiro e último filme da trilogia “Baztán”, baseada na obra da escritora espanhola Dolores Redondo. Como nos dois primeiros, a inspetora de polícia Amaia Salazar (Marta Etura) é deslocada para a região de Baztán, onde está localizada sua cidade-natal Elizondo, para investigar uma série de desaparecimentos de bebês recém-nascidos. A primeira cena do filme é chocante. Um homem aparece sufocando um bebê no berço com um urso de pelúcia. Haja estômago. À medida em que as investigações prosseguem, Amaia acabará se defrontando com muitos mistérios, quase todos envolvendo seitas secretas, rituais de ocultismo e lendas locais, além de membros de sua própria família, que desde o primeiro filme aparecem como suspeitos na história. “Oferenda à Tempestade” repete a estética visual de “O Guardião Invisível” e de “Legado nos Ossos”, os dois primeiros, utilizando uma fotografia em tons escuros, muitas cenas noturnas e chuva incessante. O elenco é praticamente o mesmo, com um ou outro personagem novo e uma das poucas novidades é a mudança de comportamento de Amaia, que se transforma de uma policial corajosa e mandona para uma mulher com sentimentos à flor da pele, aparecendo em muitas cenas aos prantos. Apesar da reviravolta surpreendente no final, “Oferenda à Tempestade” é mais do mesmo, consolidando a opinião de que a trilogia talvez ficasse melhor se fosse condensada em apenas um filme. Trocando em miúdos, o resultado final é uma decepção.

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