Não é sempre que a gente
descobre uma joia como o criativo e original “UMA MULHER EM GUERRA” (“KUNA
FER I STRÍD”; nos países de língua inglesa, “Woman at War”), 2018,
Islândia, 1h41m, segundo longa-metragem do ator e cineasta islandês Benedikt
Erlingsson. A história é centrada na cinquentona Halla (Halldora
Geirhardsdottir), uma ativista ambiental que resolve sabotar as linhas de energia
nas montanhas de sua região como forma de protesto contra uma fundição de alumínio,
que estaria poluindo os rios e o meio ambiente de seu país. Sua guerra
particular acaba tomando proporções enormes, mobilizando a imprensa do país e suas
autoridades, que iniciam uma verdadeira caçada contra “os terroristas” que querem
destruir a economia da Islândia. Halla tem uma vida dupla, alternando suas
atividades de ativista com a de professora de música. Ela é a respeitável cidadã
responsável pelo coral da terceira idade de sua vila, um disfarce que não
admite erros. Sua perspectiva tende a mudar quando ela recebe uma carta de uma Ong
responsável pela adoção de crianças órfãs originárias de países em conflito. Era
a resposta que ela aguardava há quatro anos: a Ong tinha descoberto uma menina
na Croácia que estava à sua disposição para adoção. Juntamente com essa
novidade, surge em cena Ása (papel da própria Halldora), irmã gêmea de Halla. As
duas devem resolver a questão estratégica da adoção, pois é exigido que Halla
vá à Croácia buscar a criança. Antes disso, porém, Halla quer fazer mais uma
sabotagem, desta vez mais contundente. Em algumas cenas, aqui beirando o
surreal, músicos e cantoras folclóricas acompanham as ações de Halla, um
recurso que lembra os coros de teatro grego. Além de muito movimentado, o filme
reúne gêneros como drama, comédia, política e consciência ambiental. O filme
estreou no Festival de Cannes 2018, sendo indicado para o grande prêmio “Critics’
Week”. Além disso, foi vencedor do 12º Prêmio Lux de Cinema, premiação promovida
pelo Parlamento Europeu. “Uma Mulher em Guerra” também representou a Islândia
no Oscar 2019 como Melhor Filme Internacional. Por aqui, chegou a ser exibido
durante a programação oficial da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São
Paulo, em outubro de 2018. A atriz e diretora norte-americana Jodie Foster gostou
tanto do filme islandês que já está filmando um remake nos Estados Unidos. Enfim, “Uma
Mulher em Guerra” é um filme genial, uma verdadeira pérola do cinema mundial.
IMPERDÍVEL com letras maiúsculas!
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