“JUSTIÇA EM CHAMAS” (“TRIAL BY
FIRE”), 2019, Estados Unidos, 2h7m, direção de Edward Zwicz, com
roteiro de Geoffrey Fletcher, adaptado do livro “Trial by Fire”, escrito por
David Grann. O filme relembra um caso de grande repercussão nos Estados Unidos,
que tem como pano de fundo os prós e contras envolvendo a pena de morte. No
caso, os contras. A história, baseada em fatos reais, é toda centrada em
Cameron Todd Willingham (Jack O’Connell), que, em 1991, foi preso acusado de
provocar o incêndio que resultou na morte de suas três filhas, duas das quais
gêmeas. Ele foi julgado e condenado à morte por injeção letal (o fato aconteceu
no Texas). Alguns anos antes da execução, Elizabeth Gilbert (Laura Dern), uma
dona de casa viúva, passou a enviar cartas a Cameron e até agendou uma visita ao
presidiário. Depois de inúmeras cartas trocadas e outras tantas visitas,
Elizabeth ficou obcecada pelo fato de que o inquérito tinha várias falhas e resolveu
contratar um advogado para entrar com recurso para rever os detalhes do
julgamento. Não conseguiu reverter a situação de Cameron, que foi executado em
2004. Poucos anos depois, uma matéria investigativa publicada pela tradicional
revista “The New Yorker” revelava estudos científicos que provaram ser Cameron
inocente da acusação. O filme revela em detalhes os bastidores de toda a história,
com um roteiro bem engendrado por Geoffrey Fletcher, que já havia conquistado
um Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “Preciosa – Uma História de Esperança”
(2010). O currículo invejável do diretor Edward Zwicz também é um bom aval de
qualidade: “Jack Reacher: Sem Retorno”, “O Dono do Jogo”, “Amor e Outras Drogas”,
“Um Ato de Liberdade”, “Diamante de Sangue” e “O Último Samurai”. Resumo da
ópera: “Justiça em Chamas” é um bom entretenimento, valorizado pelas atuações
da sempre ótima Laura Dern e do ator inglês Jack O’Connell.
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