terça-feira, 31 de março de 2020


“JUSTIÇA EM CHAMAS” (“TRIAL BY FIRE”), 2019, Estados Unidos, 2h7m, direção de Edward Zwicz, com roteiro de Geoffrey Fletcher, adaptado do livro “Trial by Fire”, escrito por David Grann. O filme relembra um caso de grande repercussão nos Estados Unidos, que tem como pano de fundo os prós e contras envolvendo a pena de morte. No caso, os contras. A história, baseada em fatos reais, é toda centrada em Cameron Todd Willingham (Jack O’Connell), que, em 1991, foi preso acusado de provocar o incêndio que resultou na morte de suas três filhas, duas das quais gêmeas. Ele foi julgado e condenado à morte por injeção letal (o fato aconteceu no Texas). Alguns anos antes da execução, Elizabeth Gilbert (Laura Dern), uma dona de casa viúva, passou a enviar cartas a Cameron e até agendou uma visita ao presidiário. Depois de inúmeras cartas trocadas e outras tantas visitas, Elizabeth ficou obcecada pelo fato de que o inquérito tinha várias falhas e resolveu contratar um advogado para entrar com recurso para rever os detalhes do julgamento. Não conseguiu reverter a situação de Cameron, que foi executado em 2004. Poucos anos depois, uma matéria investigativa publicada pela tradicional revista “The New Yorker” revelava estudos científicos que provaram ser Cameron inocente da acusação. O filme revela em detalhes os bastidores de toda a história, com um roteiro bem engendrado por Geoffrey Fletcher, que já havia conquistado um Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “Preciosa – Uma História de Esperança” (2010). O currículo invejável do diretor Edward Zwicz também é um bom aval de qualidade: “Jack Reacher: Sem Retorno”, “O Dono do Jogo”, “Amor e Outras Drogas”, “Um Ato de Liberdade”, “Diamante de Sangue” e “O Último Samurai”. Resumo da ópera: “Justiça em Chamas” é um bom entretenimento, valorizado pelas atuações da sempre ótima Laura Dern e do ator inglês Jack O’Connell.      

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