“O MESMO SANGUE” (“LA MISMA
SANGRE”), Argentina, 1h53m, produção da Netflix – sua estreia
mundial aconteceu dia 28 de fevereiro de 2019 -, roteiro e direção de Miguel Cohan.
Mais um bom suspense argentino. Depois de uma reunião familiar, a matriarca
Adriana (Paulina Garcia) desce para a cozinha industrial que mantém no porão da
casa para concluir uma encomenda. Algum tempo depois, ela é encontrada morta, enforcada
pelo colar que prendeu numa máquina. Tudo leva a crer que foi um acidente. Só
que o genro Sebastián (Diego Velásquez), ao constatar algumas evidências
estranhas, começa a desconfiar de Elías (Oscar Martinez), o viúvo. É bom
esclarecer que Elías está atolado em dívidas, principalmente com relação à
fazenda que herdou do pai. Como um verdadeiro detetive, Sebastián começa a
investigar a fundo a sua desconfiança, o que provocará uma crise em seu
casamento com Carla (Dolores Fonzi), que defende a inocência do pai com unhas e
dentes. Até o desfecho, o caso terá sido esclarecido, pelo menos para o
espectador, que lá pela metade do filme fica sabendo o que realmente aconteceu.
É o terceiro longa-metragem escrito e dirigido por Miguel Cohan – os dois
primeiros foram “Sin Retorno”, de 2010, e o aclamado “Betibú”, de 2014. Em “O
Mesmo Sangue”, Cohan fez mais um bom trabalho, prendendo a atenção do espectador
até o desfecho. Destaco o ótimo elenco, comandado pelo excelente Oscar Martínez.
Demorei para reconhecer a atriz chilena Paulina Garcia, do espetacular “Glória” (2013),
no papel de Adriana. Outros destaques são as presenças de Dolores Fonzi, talvez
a mais bela atriz do cinema argentino atual, e ainda o “detetive” Diego
Velásquez.
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