Grande vencedor da Palma de
Ouro do Festival de Cannes 2019, o filme sul-coreano “PARASITA” (“GISAENGCHUNG”)
recebeu voto unânime dos jurados, fato que não acontecia desde 2013, quando o
premiado foi o francês “Azul é a Cor Mais Quente”. Além disso, trata-se do
primeiro filme sul-coreano a conquistar o prêmio do mais charmoso festival de
cinema do mundo. E por falar em premiações, “Parasita” está sendo cotado como
um dos grandes favoritos ao Oscar 2020 de Melhor Filme Estrangeiro. Tudo
exagero? De forma alguma, “Parasita” é simplesmente sensacional e, melhor, não
é daqueles filmes pretensiosos, difíceis de assistir, metidos a cinema de arte.
Pelo contrário, trata-se de um ótimo entretenimento para qualquer público. Sua
trama mistura drama social, comédia (humor negro) e muito suspense, embora apresente
como pano de fundo questões como a desigualdade social e a luta de classes. Mas
vamos à história. A família de Ki-Taek (Kang-Ho Song) – ele, a esposa Chung-Sook
(Chang Hyae Jin), o filho Ki-Woo (Woo-Sik Choi) e a filha Ki-Jung (Park So-Dam)
– mora num porão na periferia de Seul. Estão todos desempregados, vivem no
maior miserê. Até que um dia começa a chover na horta. O filho Ki-Woo, indicado
por um amigo, começa a dar aulas de inglês para a filha de um casal rico, cuja
família vive numa enorme casa de luxo criada por um famoso arquiteto
sul-coreano. Ao se deparar com a ostentação e o luxo daquela família, comparado
com a pobreza da sua, Ki-Woo passa a arquitetar, junto com o pai, a mãe e a
irmã, um plano diabólico, ou seja, substituir todos os empregados da mansão por
eles próprios. Dessa forma, utilizando estratagemas criativos e hilários, eles
aos poucos vão conseguindo seu objetivo, ajudados pela ingenuidade do casal
rico. O primoroso roteiro, escrito pelo diretor Joon-Ho Bong, reserva muitas
reviravoltas até o desfecho, situações de suspense de tirar o fôlego, muito
humor e sangue jorrando. Não deixa de ser um filme perturbador. Enfim, são 2h12m de um
ótimo entretenimento e um cinema de alta qualidade. Mais um gol de placa do excelente cinema sul-coreano. IMPERDÍVEL!
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