O drama holandês “LAYLA M.”, 2016, escrito e dirigido
pela diretora holandesa Mijke de Jong, é um dos filmes mais esclarecedores
sobre o pensamento, o comportamento e os ideais que norteiam os jovens a se
engajar numa organização terrorista. A jovem Layla nasceu e vive em Amsterdam
com a família de imigrantes marroquinos. Ela é uma garota radical invocada,
gosta de bater boca e desafiar qualquer ordem, inclusive na sua família. Ela é
radical no que diz respeito à religião muçulmana, seguindo os preceitos do
Alcorão à risca. Ao participar de uma campanha pela Internet incentivando as mulheres muçulmanas a continuar usando a burca - proibida na Holanda -, ela desperta a atenção de grupos extremistas,
incluindo o jovem jihadista Abdel (Ilias Addab), com o qual se casará. Para
acompanhar o marido numa missão na Jordânia, Layla abandona a família e resolve
também ingressar numa célula islâmica terrorista. Na Jordânia, porém, ela
sofrerá na pele o tratamento machista que é dedicado a toda mulher casada com
um muçulmano. Em todo caso, ela resolve encarar a situação e passa a ajudar uma
equipe humanitária num campo de refugiados da Síria. O filme é muito bom, tanto
que foi selecionado pela Holanda como seu representante oficial na disputa do Oscar 2018 de
Melhor Filme Estrangeiro. Além disso, participou da seleção oficial de
festivais como o de Toronto, Chicago e Londres, sendo vencedor do Prêmio
Especial do Júri no Filadélfia Film Festival.
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