domingo, 23 de setembro de 2018


O drama holandês “LAYLA M.”, 2016, escrito e dirigido pela diretora holandesa Mijke de Jong, é um dos filmes mais esclarecedores sobre o pensamento, o comportamento e os ideais que norteiam os jovens a se engajar numa organização terrorista. A jovem Layla nasceu e vive em Amsterdam com a família de imigrantes marroquinos. Ela é uma garota radical invocada, gosta de bater boca e desafiar qualquer ordem, inclusive na sua família. Ela é radical no que diz respeito à religião muçulmana, seguindo os preceitos do Alcorão à risca. Ao participar de uma campanha pela Internet incentivando as mulheres muçulmanas a continuar usando a burca - proibida na Holanda -, ela desperta a atenção de grupos extremistas, incluindo o jovem jihadista Abdel (Ilias Addab), com o qual se casará. Para acompanhar o marido numa missão na Jordânia, Layla abandona a família e resolve também ingressar numa célula islâmica terrorista. Na Jordânia, porém, ela sofrerá na pele o tratamento machista que é dedicado a toda mulher casada com um muçulmano. Em todo caso, ela resolve encarar a situação e passa a ajudar uma equipe humanitária num campo de refugiados da Síria. O filme é muito bom, tanto que foi selecionado pela Holanda como seu representante oficial na disputa do Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro. Além disso, participou da seleção oficial de festivais como o de Toronto, Chicago e Londres, sendo vencedor do Prêmio Especial do Júri no Filadélfia Film Festival.                                                                               

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