segunda-feira, 24 de setembro de 2018


“GAUGUIN – VIAGEM AO TAITI” (“Gauguin – Voyage de Tahiti”), 2017, França, roteiro e direção de Edouard Deluc (seu segundo longa-metragem). Trata-se de um drama biográfico centrado na vida do pintor francês Paul Gauguin, que ficou famoso com seu estilo pós-impressionista, mas só depois de morrer como indigente, em 1903. O filme de Deluc é ambientado em 1891, quando Gauguin sai de Paris para morar no Taiti, uma das mais importantes ilhas da então Polinésia Francesa. Na capital francesa, o pintor vivia um momento de falta de inspiração, não ligava para a família e passava as noites bebendo nos cabarés. Num desses momentos de boemia, Gauguin fala para um amigo: “Estou sufocando. Não há paisagem nem rosto que mereça ser pintado aqui”. Ao tomar a decisão de viajar para o Taiti, Gauguin tenta convencer a esposa e os filhos a irem com ele, sem sucesso. Ele então parte sozinho. No Taiti, ele conhece a jovem nativa Tehura, que será sua esposa e tema de suas telas mais importantes. Na realidade, Tehura tinha 13 anos quando casou com o pintor, mas no filme ela aparece adulta. Para sobreviver, Gauguin trabalha como estivador, o que irá piorar ainda mais sua frágil saúde. Gauguin, como todo artista, tinha um gênio difícil, era violento, egocêntrico e, ao mesmo tempo, amargurado. O ritmo lento da narrativa não prejudica a história, principalmente pelo excelente desempenho do ator francês Vincent Cassel e da atriz Tuheï Adams, além de uma fotografia exuberante explorando as cores e a natureza selvagem do Taiti, onde as filmagens aconteceram. Enfim, um filme que deve agradar não apenas os fãs de Gauguin, mas os amantes da pintura em geral. Por aqui, antes de chegar ao circuito comercial, o filme foi exibido como uma das principais atrações do Festival Varilux de Cinema Francês 2018.                                                                                    
 

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