quarta-feira, 26 de setembro de 2018


“1945”, Hungria, 2017, direção de Ferenc Törok, que também escreveu o roteiro juntamente com Gábor T. Szántó. A história é inspirada no conto “Hazatérés”, escrito pelo próprio Szántó. Em agosto de 1945, enquanto os moradores de um vilarejo no interior da Hungria preparam-se para o casamento do filho do prefeito (na verdade, 1º secretário, já que foi nomeado pelos comunistas russos), dois judeus ortodoxos – pai e filho – chegam à estação de trem com dois grandes baús. A notícia da chegada daqueles visitantes misteriosos logo chega ao ao pessoal do vilarejo e vai tumultuar de vez os preparativos do casamento. Todo mundo fica desesperado, pois acreditam que os judeus retornaram para recuperar seus imóveis e pertences - no início da Segunda Guerra Mundial, em alguns países da Europa, muitos judeus foram denunciados e levados pelos nazistas para os campos de concentração, e seus bens acabaram sendo tomados pelos cidadãos locais. No vilarejo, o clima de tensão aumenta cada vez mais, culminando com vários eventos trágicos. O desfecho reserva para o espectador uma grande surpresa, na verdade muito comovente. Embora com elogios, os críticos especializados reagiram com uma certa frieza à primeira exibição do filme no 67º Festival de Berlim, mas eu não. Adorei, achei sensacional, uma pequena obra-prima. Irresistível e simplesmente imperdível!                                                                                              
 

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