domingo, 10 de agosto de 2014

O drama independente norte-americano “MARGARET”, dirigido por Kenneth Lonergan, foi produzido em 2006, mas somente lançado em 2011. Dizem que por causa de ações judiciais, cujos motivos não foram divulgados. É um filme, no mínimo, intrigante. A começar pelo título, pois não há personagens com este nome. “Margaret”, na verdade, é um nome apenas mencionado num poema durante uma aula de literatura. A história gira em torno de Lisa Cohen (Anna Paquin), uma estudante de 17 anos que um dia, ao tentar chamar a atenção de um motorista de ônibus numa avenida movimentada, acaba provocando um acidente com morte. Com medo de prejudicar o motorista do ônibus, ela mente em seu depoimento à polícia e mais tarde quer voltar atrás. Esse contexto envolvendo Lisa serve como pano de fundo para inúmeras situações paralelas, a principal delas mostrando o relacionamento difícil de Lisa com a mãe Joan (a ótima J. Smith-Cameron). No filme inteiro, as duas travam verdadeiras guerras verbais. Uma diz uma coisa, a outra entende diferente, e vice-versa. E tudo acaba numa gritaria infernal. Diálogos desse tipo, descontrolados e agressivos, permeiam o filme inteiro envolvendo diversos personagens, o que pode incomodar quem está a fim de um entretenimento leve. O pessoal não se entende, e dá-lhe discussão. É um filme longo (150 minutos). Mas não deixa de ser um filme acima da média. Além de Paquin e J. Smith-Cameron, estão no elenco Mark Ruffalo, Matt Damon, Jean Reno, Matthew Broderick e Allison Janney, entre outros.

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