domingo, 10 de agosto de 2014

Às vésperas das eleições presidenciais de 1950 na Colômbia, o candidato favorito Jorge Elicier Gaitán, do Partido Liberal, é assassinado a tiros quando saía de seu escritório. O caso provocou uma grande comoção no país e foi chamado de “El Bogotazo”. Este é o pano de fundo do filme colombiano “ROA”, 2012. A figura central do filme é Juan Roa Sierre, pai de família desempregado e que tem como ídolo o candidato Gaitán (Santiago Rodréguez). Ele o procura pessoalmente e diz estar passando por sérias necessidades e pede que o ajude arrumar um trabalho. O político trata Roa com arrogância, diz não poder fazer nada e lhe dá três berinjelas como compensação. Decepcionado com o tratamento, Roa passa a ter raiva de Gaitán, a ponto de planejar seu assassinato. A situação se complica ainda mais quando um grupo rival a Gaitán descobre as intenções de Roa e passa a chantageá-lo, colocando em risco a vida da sua família. Baseado no livro “O Crime do Século”, de Miguel Torres, o filme coloca em dúvida a culpa de Roa pelo assassinato. Um mistério histórico que perdura até hoje. Além da história em si, que recoloca em evidência um fato importante na história política da Colômbia, há que se destacar o capricho na reconstituição de época, muito bem feita. O filme é dirigido por Andrés Baiz, o mesmo de “O Quarto Secreto” (“La Cara Oculta”), um dos melhores suspenses dos últimos anos. O elenco conta ainda com Catalina Sandino Moreno, colombiana que concorreu ao Oscar/2005 de Melhor Atriz pelo filme "Maria Cheia de Graça". Aqui, ela faz o papel de esposa de Roa. 

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