quinta-feira, 14 de agosto de 2014
“METEORA” (“Metéora”), 2012, é
um drama grego de fundo religioso que explora pecado e culpa ao apresentar uma
paixão proibida. Não é um filme para qualquer público. É contemplativo,
arrastado e com poucos diálogos. Em meio a citações bíblicas e efeitos de
animação, o filme conta a história de dois religiosos – o monge Theodoros (Theo
Alexander) e a freira Urania (a atriz russa Tamila Koulieva) – que moram em
monastérios da Igreja Cristã Ortodoxa na região central da Grécia chamada Meteóra. Eles
se encontram secretamente para conversar e rezar, mas a tentação da carne é
mais forte, e aí ninguém segura. De início, Urania consegue rejeitar os avanços
de Theodoros, mas depois se entrega de corpo e alma à paixão. Os protagonistas
são também representados por figuras de animação criadas ao estilo da arte
bizantina, criadas pelo diretor Spiros Stathoulopoulos para complementar a
narrativa. A trilha sonora é composta por cantos gregorianos, o que reforça
ainda mais o sentido religioso da história. “METEORA” foi exibido no Festival
de Berlim 2012 e arrancou elogios de muitos críticos. Mas repito: não é um
filme que se possa chamar de entretenimento leve.
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