terça-feira, 12 de agosto de 2014

O drama “O CADERNO GRANDE” (“A NAGY FÜZET”), dirigido por János Szász, foi o candidato oficial da Hungria na disputa do Oscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro. A história é baseada no livro escrito por Ágota Kristof. Em 1944, em meio à invasão do país pelos alemães, mãe leva seus dois filhos gêmeos de 12 anos de idade para morar com a avó numa pequena fazenda no interior da Hungria. Os dois garotos vão sofrer o diabo nas mãos da avó, uma velha azeda e mal-humorada, cujo maior prazer na vida é embebedar-se toda a noite e xingar o marido falecido. Ela chama os netos o tempo inteiro de “bastardos” e todo dia de manhã adora dar uns safanões nos garotos, que adoram chamá-la de bruxa. Os dois gêmeos não se desgrudam por um só minuto e é essa união que fará com que eles consigam sobreviver não só aos maus-tratos da avó, como a outras situações difíceis aos quais são submetidos. Aliás, desde o começo do filme os gêmeos apanham muito, a tal ponto que resolvem bater um no outro para se acostumar com a dor. O filme é altamente depressivo e melancólico. Crianças em cenários de guerra sempre aumentam a dramaticidade da história. O tal “caderno grande” é um tipo de diário que os meninos escrevem todas as noites contando os acontecimentos do dia. Não adianta citar o elenco, composto por ilustres desconhecidos, pelo menos para nós. Mas há que se destacar o desempenho dos dois garotos e, principalmente, da atriz que faz a avó. Esta sim, vale a pena citar: Piroska Molnár.     

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