quarta-feira, 21 de abril de 2021

 

“INVISÍVEL” (“INVISIBLE”), 2017, Argentina, 1h27m, roteiro e direção de Pablo Giorgelli (do aclamado “Las Acacias”). O filme acompanha a rotina diária da jovem Ely (Mora Arenillas), de 17 anos. Ela mora com a mãe Susana (Mara Bestilli) em um conjunto habitacional do Bairro Boca, em Buenos Aires, cursa o último ano do ensino médio e é funcionária de um pet shop. Além de cuidar da mãe, que se encontra em depressão e não sai de casa, Ely tem como única diversão transar de vez em quando com Raúl (Diego Cremonesi), o filho do dono do pet shop, no banco traseiro do carro dele. Um dia, porém, ela descobre que está grávida e fica sem saber o que fazer. O certo é que não quer ter o filho. Porém, fica indecisa entre tomar algum remédio ou fazer um aborto. Uma colega do colégio aconselha o remédio, enquanto Raúl, o pai, insiste em que ela faça um aborto e até conseguiu uma clínica. A indecisão de Ely alimenta a história até o desfecho. Aviso desde já: “Invisível” não é um filme fácil de digerir. É depressivo e baixo astral ao extremo, tem um ritmo por demais vagaroso e até cansativo em alguns momentos. Há poucos diálogos, o silêncio tomando conta da maioria das sequências. É flagrante também o seu baixo orçamento, evidenciado pela produção simples, quase amadora, além de um elenco bastante reduzido. “Invisível” é apenas o quarto filme da jovem atriz Mora Arenillas (o mais recente é “La Chica Nueva”), que mostra muito talento em sua interpretação da jovem desiludida com a vida, triste e amargurada. O filme foi visto por aqui durante o 19º Festival Internacional de Cinema do Rio. Quem pretende assistir a um entretenimento leve e agradável deve passar longe deste drama argentino, disponível na plataforma Netflix.   

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