“THE
GIRL ON THE TRAIN”,
2020, Índia, 120 minutos, roteiro e direção de Ribbu Dasgupta. Trata-se de um
suspense policial cuja história é baseada no livro da escritora inglesa Paula
Hawkins, lançado em 2015 e que por 13 semanas figurou na lista dos mais
vendidos do jornal “New York Times”. Natural que no ano seguinte Hollywood tenha
resolvido adaptá-lo para o cinema, surgindo então “A Garota no Trem” (título em
português, sendo que o original é o mesmo do livro). Em Portugal, o filme foi
lançado como “A Rapariga no Comboio”. A versão norte-americana foi dirigida por
Tate Taylor, com Emily Blunt encabeçando o elenco. O filme foi um grande
sucesso de crítica e bilheteria. Agora chega o remake indiano, cujo título original
foi mantido em inglês e está disponível na Netflix. O roteiro é praticamente o
mesmo da primeira versão. Aqui vai um resumo do filme feito por Bollywood.
O cenário é o mesmo do livro: Londres. A advogada Mira Kapoor (Parineeti
Chopra, irmã da também atriz Priyanka Chopra) ajuda a colocar um mafioso na
cadeia e acaba perseguida pela família dele. Ela vive um casamento tranquilo
com o médico Shekhar Kapoor (Avinach Tiwary). O casal acaba de comemorar a
gravidez dela quando ocorre um acidente automobilístico e ela perde o bebê. A
partir dessa tragédia, Mira começa a beber demais, o que acaba resultando no
fim do seu casamento. Ela logo descobrirá que Shekhar tem um caso com uma
colega médica, dra. Nusrat (Aditi Rao Hydari). Através da janela que a leva
todos os dias para o escritório, Mirá observa a casa onde morava e vê o ex-marido com a atual esposa, a tal médica, demonstrando a maior
felicidade. Até o dia em que ela surpreende Nusrat no terraço com outro homem. É o estopim
para que Mira aumente ainda mais o consumo de álcool, o que logo acaba custando
o seu emprego. Com o excesso de bebidas e remédios, Mira começa a sofrer períodos
de amnésia. Para não entrar em mais detalhes para não estragar as surpresas e revelar
as reviravoltas do roteiro, vou adiantar apenas que Mira será a principal
suspeita do assassinato de Nusrat, de acordo com a investigação chefiada pela
inspetora Dalbir Bagga (Kirti Kulhari). Falado em inglês e hindi, o filme é
repleto de situações que fazem o espectador não desgrudar os olhos da tela até
o desfecho imprevisível. Não vou comparar os dois filmes, mas me obrigo a destacar
que a história é ótima – como sempre nesses casos, o livro deve ser melhor que as
adaptações para o cinema. O que chateia no filme indiano são as sequências daquelas
cantorias irritantes típicas de Bollywood, que não combinam com o contexto dramático da história. Fora isso, dá para curtir como um bom suspense.
terça-feira, 23 de março de 2021
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