“MEU IRMÃO TERRORISTA” (“Arrest Letter”,
título original escolhido provavelmente para facilitar a entrada do filme nos
mercados de língua inglesa), 2017, Egito, 1h39m, roteiro e direção de Mahammad
Sami. A história é centrada em Khalid El Degwy (Mohamede Ramadan), chefe
radical de um grupo jihadista no Cairo ligado ao Estado Islâmico. Em sua trajetória
como integrante da organização, Khalid sempre recebia conselho e orientações de
alguns sheiks e líderes religiosos, uns mais radicais outros mais moderados. Mas
Khalid nunca quis saber de moderação. Seu negócio é a violência, planejando e
executando atentatos na capital egípcia. Ele só começa a rever seus conceitos
quando se apaixona por Fatima (Dina El Sherbiny) e quando seu irmão caçula
decide ingressar no grupo extremista, contra a vontade de Khalid. Mas, até lá, sua
trajetória de violência continuará mobilizando a polícia e as forças de
segurança do Egito, que há muito tempo tentam prender o terrorista. Entre
traições que enfrentará, não só de seus comandados, como as de alguns sheiks,
Khalid será obrigado a fugir para sobreviver e, depois, voltar para se vingar.
O filme tem bastante ação e suspense, além de destacar discussões ideológicas
sobre religião, política e a prática de terrorismo. No final, quem manda mesmo
é “A Vontade de Alá”. O filme é mais interessante do que bom, mas sem dúvida vale
assistir.
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