quarta-feira, 13 de maio de 2020


“RAINHA DE COPAS” (“DRONNINGEN”), 2019, coprodução Dinamarca/Suécia, 2h08m, roteiro e direção de Mayel-Toukhy, cineasta dinamarquesa de origem egípcia. A história é centrada na advogada Anne (Trine Dyrholm), especialista no direito das crianças e dos adolescentes, além de trabalhar com mulheres vítimas de estupro ou agressão física. Sua reputação profissional é das melhores em Copenhague. Ela é casada com Peter (Magnus Krepper), médico também conceituado, seu segundo marido. Os dois vivem um casamento tranquilo, dedicando-se em grande parte do tempo às duas filhas gêmeas. Tudo vai às mil maravilhas até a chegada de Gustav (Gustav Lindh), filho do primeiro casamento de Peter, um adolescente rebelde que acaba de ser expulso de um internato em Estocolmo (Suécia). Acostumada a lidar com jovens problemáticos, Anne aceita receber Gustav em casa, mesmo com uma certa relutância por causa das gêmeas. Mas Gustav interagiu bem com a madastra, com o pai e as novas irmãs. Até o dia em que mostrou seu lado de menino malvado, roubando vários pertences da casa. Anne descobriu, mas não denunciou o enteado, fortalecendo a amizade entre ambos. Aos poucos, porém, desiludida com o casamento um tanto morno, Anne faz a besteira de se entregar de corpo e alma – principalmente de corpo – para o jovem. Aí a coisa desanda, pois a relação é descoberta e, a partir daí, o filme se transforma num suspense envolvente, de grande tensão psicológica, até o triste mas não surpreendente desfecho. O principal trunfo de “Rainha de Copas” é realmente o desempenho magistral da fabulosa atriz dinamarquesa Trine Dyrholm, cuja trajetória acompanho desde que atuou no polêmico “Festa de Família” (1998), de Thomas Vinterberg, passando por “Em Um Mundo Melhor”, “O Amante da Rainha” e “A Comunidade”, entre tantos outros. “Rainha de Copas” foi o grande vencedor do Prêmio do Público no Festival de Sundance (EUA). Resumo da ópera:  cinema da melhor qualidade. IMPERDÍVEL!

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