“RAINHA DE COPAS” (“DRONNINGEN”), 2019,
coprodução Dinamarca/Suécia, 2h08m, roteiro e direção de Mayel-Toukhy, cineasta
dinamarquesa de origem egípcia. A história é centrada na advogada Anne (Trine
Dyrholm), especialista no direito das crianças e dos adolescentes, além de
trabalhar com mulheres vítimas de estupro ou agressão física. Sua reputação
profissional é das melhores em Copenhague. Ela é casada com Peter (Magnus Krepper),
médico também conceituado, seu segundo marido. Os dois vivem um casamento tranquilo,
dedicando-se em grande parte do tempo às duas filhas gêmeas. Tudo vai às mil
maravilhas até a chegada de Gustav (Gustav Lindh), filho do primeiro casamento
de Peter, um adolescente rebelde que acaba de ser expulso de um internato em
Estocolmo (Suécia). Acostumada a lidar com jovens problemáticos, Anne aceita
receber Gustav em casa, mesmo com uma certa relutância por causa das gêmeas. Mas
Gustav interagiu bem com a madastra, com o pai e as novas irmãs. Até o dia em
que mostrou seu lado de menino malvado, roubando vários pertences da casa. Anne
descobriu, mas não denunciou o enteado, fortalecendo a amizade entre ambos. Aos
poucos, porém, desiludida com o casamento um tanto morno, Anne faz a besteira
de se entregar de corpo e alma – principalmente de corpo – para o jovem. Aí a
coisa desanda, pois a relação é descoberta e, a partir daí, o filme se
transforma num suspense envolvente, de grande tensão psicológica, até o triste mas não surpreendente desfecho. O principal trunfo de “Rainha de Copas” é realmente o desempenho
magistral da fabulosa atriz dinamarquesa Trine Dyrholm, cuja trajetória
acompanho desde que atuou no polêmico “Festa de Família” (1998), de Thomas
Vinterberg, passando por “Em Um Mundo Melhor”, “O Amante da Rainha” e “A
Comunidade”, entre tantos outros. “Rainha de Copas” foi o grande vencedor do
Prêmio do Público no Festival de Sundance (EUA). Resumo da ópera: cinema da melhor qualidade. IMPERDÍVEL!
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