“O SILÊNCIO DO PÂNTANO” (“EL
SILENCIO DEL PANTANO”), 2020, Espanha, produção Netflix (estreou
dia 22 de abril), 1h32m, direção de Marc Vigil, seguindo roteiro
assinado por Carlos de Pando e Sara Antuña. Trata-se de um suspense psicológico
centrado numa figura meio sinistra e misteriosa, tão indecifrável que é
conhecido apenas como “Q” (Pedro Alonso, de “La Casa de Papel”), um
ex-jornalista que se tornou um escritor de sucesso, especializado em livros
policiais. Quando reunia subsídios para o seu próximo romance, que abordará
casos de corrupção, “Q” começa a desenvolver um lado psicótico, o mesmo que caracteriza
seu personagem principal no livro. Uma de suas primeiras vítimas (do autor ou do
personagem?) é um importante ex-ministro espanhol da área econômica, o hoje
professor universitário Ferrán Carretero (José Angel Egito). Depois de
descobrir que Carretero está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro em
sociedade com uma quadrilha de traficantes, “Q” o sequestra e o mantém
preso numa casa isolada à beira do pântano. O sumiço do ex-ministro faz acender
o alerta vermelho para a gangue de traficantes comandada pela repugnante Puri
(Carmina Barrios), que coloca em campo o seu braço direito, o sanguinário Falconetti
(Nacho Fresneda), para tentar descobrir o que aconteceu com Carretero. O filme também retrata a corrupção reinante na polícia de Valência, na figura da delegada Isabel (Maite Sandoval). O resultado
final, assim como o filme inteiro, não convence, talvez pela falta de
experiência tanto dos roteiristas como do diretor, todos estreantes em
longa-metragem, que não souberam explorar uma história que poderia se transformar numa produção interessante. O bom elenco se esforçou e ainda tentou dar alguma dignidade ao filme, mas
mesmo assim não foi suficiente. Enfim, não me convenceu.
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