quarta-feira, 20 de maio de 2020


“O SILÊNCIO DO PÂNTANO” (“EL SILENCIO DEL PANTANO”), 2020, Espanha, produção Netflix (estreou dia 22 de abril), 1h32m, direção de Marc Vigil, seguindo roteiro assinado por Carlos de Pando e Sara Antuña. Trata-se de um suspense psicológico centrado numa figura meio sinistra e misteriosa, tão indecifrável que é conhecido apenas como “Q” (Pedro Alonso, de “La Casa de Papel”), um ex-jornalista que se tornou um escritor de sucesso, especializado em livros policiais. Quando reunia subsídios para o seu próximo romance, que abordará casos de corrupção, “Q” começa a desenvolver um lado psicótico, o mesmo que caracteriza seu personagem principal no livro. Uma de suas primeiras vítimas (do autor ou do personagem?) é um importante ex-ministro espanhol da área econômica, o hoje professor universitário Ferrán Carretero (José Angel Egito). Depois de descobrir que Carretero está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro em sociedade com uma quadrilha de traficantes, “Q” o sequestra e o mantém preso numa casa isolada à beira do pântano. O sumiço do ex-ministro faz acender o alerta vermelho para a gangue de traficantes comandada pela repugnante Puri (Carmina Barrios), que coloca em campo o seu braço direito, o sanguinário Falconetti (Nacho Fresneda), para tentar descobrir o que aconteceu com Carretero. O filme também retrata a corrupção reinante na polícia de Valência, na figura da delegada Isabel (Maite Sandoval). O resultado final, assim como o filme inteiro, não convence, talvez pela falta de experiência tanto dos roteiristas como do diretor, todos estreantes em longa-metragem, que não souberam explorar uma história que poderia se transformar numa produção interessante. O bom elenco se esforçou e ainda tentou dar alguma dignidade ao filme, mas mesmo assim não foi suficiente. Enfim, não me convenceu.

Nenhum comentário: