domingo, 17 de maio de 2020


“O DESPERTAR DE MOTTI” (“WOLKENBRUCH”), 2019, Suíça, 1h33m, direção de Michael Steiner, com roteiro de Thomas Mey, representou a Suíça na disputa do Oscar 2020 de Melhor Filme Estrangeiro. Trata-se de uma comédia cuja história é baseada num livro do próprio roteirista Meyer, ou seja, “A Maravilhosa Jornada Wonkenbruch nos Braços de um Shiksa”. O personagem principal é o jovem Mordechai “Motti” Wolkenbruch (Joel Basman), que vive com os pais judeus ortodoxos na comunidade judaica de Zurique. Com vinte e poucos anos, Motti ainda é completamente dominado pela mãe Judith (Inge Maux Murer), que insiste em incentivá-lo a seguir a tradição judaica, ou seja, casar com uma jovem judia. Ela chega a promover nada menos do que 10 “shidduchs” (encontros forçados entre jovens judeus para gerar casamentos) num único dia, para Motti finalmente encontrar uma esposa, o que resulta em cenas hilariantes. A intenção de Judith vai por água abaixo quando Motti conhece Laura (Noémie Schmidt) na faculdade e se apaixona perdidamente. Só que Laura é uma jovem “shiksa” (não judia) e, ainda mais, alemã. As crises histéricas de Judith ao ver o filho se desvincular das tradições judaicas geram situações bastante engraçadas. Quando Motti resolve raspar a barba e troca a armação dos óculos, ele chega a ser comparado ao diretor Woody Allen, que costuma satirizar os judeus ortodoxos em seus filmes, principalmente nas suas falas em off – Motti faz a mesma coisa, mas dialogando com o espectador. Falado em iídiche, alemão e hebraico, “O Despertar de Motti” é uma comédia muito divertida. Imperdível!     

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