“O DESPERTAR DE MOTTI” (“WOLKENBRUCH”), 2019, Suíça,
1h33m, direção de Michael Steiner, com roteiro de Thomas Mey, representou a
Suíça na disputa do Oscar 2020 de Melhor Filme Estrangeiro. Trata-se de uma
comédia cuja história é baseada num livro do próprio roteirista Meyer, ou seja,
“A Maravilhosa Jornada Wonkenbruch nos Braços de um Shiksa”. O personagem
principal é o jovem Mordechai “Motti” Wolkenbruch (Joel Basman), que vive com os
pais judeus ortodoxos na comunidade judaica de Zurique. Com vinte e poucos
anos, Motti ainda é completamente dominado pela mãe Judith (Inge Maux Murer),
que insiste em incentivá-lo a seguir a tradição judaica, ou seja, casar com uma
jovem judia. Ela chega a promover nada menos do que 10 “shidduchs” (encontros
forçados entre jovens judeus para gerar casamentos) num único dia, para Motti
finalmente encontrar uma esposa, o que resulta em cenas hilariantes. A intenção
de Judith vai por água abaixo quando Motti conhece Laura (Noémie Schmidt) na faculdade
e se apaixona perdidamente. Só que Laura é uma jovem “shiksa” (não
judia) e, ainda mais, alemã. As crises histéricas de Judith ao ver o filho se
desvincular das tradições judaicas geram situações bastante engraçadas. Quando Motti
resolve raspar a barba e troca a armação dos óculos, ele chega a ser comparado
ao diretor Woody Allen, que costuma satirizar os judeus ortodoxos em seus
filmes, principalmente nas suas falas em off – Motti faz a mesma coisa,
mas dialogando com o espectador. Falado em iídiche, alemão e hebraico, “O
Despertar de Motti” é uma comédia muito divertida. Imperdível!
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