sexta-feira, 13 de março de 2020


“O GÂNGSTER, O POLICIAL E O DIABO” (“AKINJEON” no original, e “The Gangster, The Cop and The Devil” nos países de língua inglesa), 2019, Coreia do Sul, 1h50m, roteiro e direção de Won-Tae Lee (é o seu segundo longa-metragem). Quem tinha dúvidas sobre a qualidade do cinema sul-coreano deve tê-las descartado após o grande sucesso de “Parasita, maior vencedor do Oscar 2020. Eu já conhecia – e elogiava - o cinema daquele país há muito tempo, tendo visto ótimos filmes dos mais diferentes gêneros. Só para citar alguns: “OldBoy”, “A Criada”, “Mother – Em Busca pela Verdade”, “Pânico na Torre” e aquele que considero um dos melhores filmes de ação já realizados pelo cinema, “Onda de Choque”, de 2017, entre tantos outros. Agora, com este “O Gângster, o Policial e o Diabo”, o cinema sul-coreano reafirma sua qualidade também em filmes policiais. Trata-se de uma história baseada em fatos reais ocorridos em 2005 na capital Seul. Um misterioso serial-killer está matando pessoas com requintes de crueldade, sempre a facadas. Até que um dia ele bate na traseira de um veículo e sai para matar o seu motorista. Só que ele é um poderoso chefão da máfia local, especialista em artes marciais, e consegue escapar do criminoso. Mas jura vingança. A polícia de Seul também está atrás do serial killer. Numa inusitada e inimaginável combinação, a gangue chefiada pelo mafioso une-se à polícia para encontrar o psicopata. Essa união tem as suas contradições. Por exemplo, o chefão da máfia quer pegar o assassino para a seguir matá-lo, como manda a tradição, e a polícia, por seu lado, quer apenas prendê-lo e levá-lo a julgamento. Isso tudo em meio a muita ação e violência, pancadarias sanguinolentas, perseguições de carros e muito sangue jorrando. O ótimo ator Ma Dong-Seok está espetacular como o bandidão mafioso Jang Dong-Soo; o policial Jung Tae-Seok é interpretado por Kim Moo-Yeol; e, por fim, também com uma atuação destacada, o ator Kim Sung-Kyu, como o sanguinário psicopata Kang Kyungho, também conhecido como “K”. Resumo da ópera: um filme policial de muita qualidade.

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