“JOIAS BRUTAS” (“UNCUT GEMS”),
2019,
EUA, produção e distribuição Netflix, 2h15m, roteiro e direção dos irmãos
cineastas Josh e Benny Safdie (“Bom Comportamento”). A história é toda centrada
no comerciante judeu Howard Ratner (Adam Sandler), dono de uma joalheria em
Nova Iorque. Casado e com filhos, Howard mantém um apartamento para a sua amante
Julia (Julia Fox), é viciado em apostas de jogos da NBA, faz trambiques falsificando
joias e relógios de luxo, além de dever muito dinheiro a agiotas da pior
espécie. Sua rotina é de um homem prestes a ter um ataque cardíaco ou um AVC. Numa tentativa de se salvar financeiramente, ele tenta encontrar uma
saída ao importar, da Etiópia, uma pedra não lapidada repleta de minerais
preciosos. Segundo Howard, trata-se de uma raridade ligada aos judeus etíopes.
Verdade ou não, ele encontra um cliente muito interessado na pedra, o jogador
de basquete, astro da NBA, Kevin Garnett (o filme é ambientado em 2012, quando
Kevin ainda era uma estrela nas quadras; ao interpretar ele mesmo no filme, Garnett já
estava aposentado). Ao invés de pagar suas dívidas, Howard aposta todo o
dinheiro que consegue nos negócios, enquanto os agiotas o pressionam para pagar
ou então sofrer as consequências. O filme segue num ritmo frenético e
alucinante, num espiral crescente de tensão, com a câmera sempre em movimento, irrequieta
e nervosa. O elenco conta ainda com Idina Menzel, Lakeith Stanfield, Mike Francesa, Judd Hirsch e Eric Bogosian. "Joias Brutas” recebeu muitos elogios da crítica especializada, que
também consideraram um show a atuação de Adam Sandler. Para falar a verdade, o
filme não me convenceu muito, mas admito que Sandler está ótimo. De
qualquer forma, "Joias Brutas" vale a pena pelo modo com que os irmãos Safdie o realizaram. Sem dúvida, um filme inovador. .
Nenhum comentário:
Postar um comentário