sábado, 14 de março de 2020


“A HORA DO LOBO” (“THE WOLF HOUR”), 2019, Estados Unidos, 1h39m, segundo longa-metragem escrito e dirigido por Alistyair Banks Griffin. Trata-se de um suspense psicológico ambientado no verão de 1977 em Nova Iorque. A personagem central é a escritora June Engle (Naomi Watts), expoente da contracultura, que vive enclausurada num apartamento no Sul do Bronx, em meio a livros, papelada espalhada pelo chão e lixo de todo tipo. Sujeira generalizada. June é uma mulher atormentada, vivendo um período de depressão e pânico, não conseguindo colocar o pé para fora do apê. Nessa época, a cidade vive um período de extrema violência, com saques, atos de vandalismo e assassinatos – naquele ano, ficou famoso um serial killer denominado “O Filho de Sam”. Como se não bastasse, faz um calor infernal e a cidade vive sofrendo apagões diários. Seus únicos contatos com o mundo exterior acontecem quando olha pela janela as pessoas se digladiando ou quando recebe o entregador do mercado, um garoto de programa e um policial atendendo a uma queixa de June a respeito de gente que está tocando seu interfone sem parar. A única visita especial que recebeu por mais tempo foi Margot (Jennifer Ehle), não sei se irmã, parente ou amiga – o roteiro não esclarece, que tenta tirar June daquela situação. Enfim, “A Hora do Lobo” é um filme bastante angustiante, claustrofóbico, pesado, mas tem o trunfo de contar com a primorosa atuação de Naomi Watts. Não há muito mais motivos para justificar uma recomendação entusiasmada.    

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