“A HORA DO LOBO” (“THE WOLF
HOUR”), 2019, Estados Unidos, 1h39m, segundo longa-metragem
escrito e dirigido por Alistyair Banks Griffin. Trata-se de um suspense
psicológico ambientado no verão de 1977 em Nova Iorque. A personagem central é a
escritora June Engle (Naomi Watts), expoente da contracultura, que vive
enclausurada num apartamento no Sul do Bronx, em meio a livros, papelada espalhada pelo chão e lixo de todo tipo. Sujeira generalizada. June é uma mulher atormentada,
vivendo um período de depressão e pânico, não conseguindo colocar o pé para
fora do apê. Nessa época, a cidade vive um período de extrema violência, com
saques, atos de vandalismo e assassinatos – naquele ano, ficou famoso um serial
killer denominado “O Filho de Sam”. Como se não bastasse, faz um calor
infernal e a cidade vive sofrendo apagões diários. Seus únicos contatos com o
mundo exterior acontecem quando olha pela janela as pessoas se digladiando ou
quando recebe o entregador do mercado, um garoto de programa e um policial atendendo
a uma queixa de June a respeito de gente que está tocando seu interfone sem
parar. A única visita especial que recebeu por mais tempo foi Margot (Jennifer
Ehle), não sei se irmã, parente ou amiga – o roteiro não esclarece, que tenta tirar June daquela situação. Enfim, “A
Hora do Lobo” é um filme bastante angustiante, claustrofóbico, pesado, mas tem
o trunfo de contar com a primorosa atuação de Naomi Watts. Não há muito mais
motivos para justificar uma recomendação entusiasmada.
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