“RIR
OU MORRER” (“SUOMEN HAUSKIN MIES”), 2018, coprodução Finlândia/Suécia,
1h43m, roteiro e direção de Heikki Kujanpää. Filme visto por aqui durante a programação oficial da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2019. A história é baseada em incríveis
fatos reais ocorridos na Finlândia em 1918. Alemães e russos brigavam para quem
conseguiria dominar o país. Os alemães ganharam e aí começaram a prender os “vermelhos”
que apoiavam os russos, entre os quais muitos intelectuais, artistas,
escritores e atores de teatro, todos enviados para uma ilha que servia de campo
de concentração. “Rir e Morrer” é todo ambientado nesta ilha, onde os presos
passavam frio, fome e, de vez em quando, recebiam uma torturinha. Entre os presos,
alguns eram muito conhecidos, como o comediante Joivo Parikka (Martti Susalo), considerado
o homem mais engraçado da Finlândia. Helen Kalm (Leena Pöysti), esposa do violento
e sádico comandante da prisão Hjalmar Kalm (Jani Volanen), era amante de teatro
e fã de Parikka. Foi ela quem convenceu o marido a deixar Parikka criar uma
comédia para ser apresentada aos oficiais alemães que visitariam o campo de
concentração. Parikka acertou com o comandante que se os oficiais alemães
dessem risada, o pessoal do grupo teatral seria salvo do fuzilamento. Caso
contrário, seriam fuzilados logo após a peça. O filme apresenta, com muito
humor, os bastidores de tudo o que aconteceu, desde a elaboração do roteiro da
peça, que deveria obrigatoriamente exaltar os alemães, a escolha do elenco e os
preparativos finais para a estreia num palco improvisado. Apesar do contexto
dramático de um campo de concentração, o diretor Heikki Kujanpää fez de “Rir ou
Morrer” um filme bastante divertido. Mas o que deixa essa história ainda mais
saborosa é o fato de que é baseada em acontecimentos reais. Comédia dramática
das melhores.
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