“O AMANTE
DUPLO” (“L’AMANT DOUBLE”), 2018, França/Bélgica, 1h47m, roteiro e direção de
François Ozon. Trata-se de um suspense inspirado no romance “Lives of the Twins”,
da consagrada escritora norte-americana Joyce Carol Oates. A história é
centrada em Chloé (Marine Vacth), funcionária de um museu que sofre com dores no
estômago. Ela é submetida a uma série de exames clínicos que não detectam
qualquer tipo de problema físico. Os médicos, então, a aconselham a procurar um
psicólogo. Ela então marca consulta com Paul (o ator belga Jérémie Renier),
iniciando uma série de sessões de terapia, durante as quais surge uma atração
sexual entre ambos. Quando o romance fica mais sério, Chloé é recomendada a
outro psicólogo, Louis (também Renier), irmão gêmeo de Paul. Logo surge também
uma atração sexual e Chloé fica dividida entre um e outro, até descobrir segredos
sombrios sobre o passado dos irmãos. Paul, por exemplo, foi casado com uma moça
chamada Sandra, filha da sra. Schenker (Jacqueline Bisset). Aí o enredo fica
ainda mais complexo, depois que Chloé descobre um terrível segredo sobre o seu próprio
passado. Enfim, mais um bom suspense de Ozon, cujo estilo lembra muito
Hitchcock e Brian De Palma. “O Amante Duplo” é recheado de erotismo e muitas
cenas de sexo e nudez, as quais, segundo o crítico de cinema Paulo Villaça,
fazem “50 Tons de Cinza” parecer Frozen. Realmente, o erotismo de Ozon beira o
explícito. Marine Vacth é linda e ótima atriz. Jérémie Renier, fazendo os dois
irmãos, também merece destaque, provando mais uma vez que é um excelente ator. O filme estreou no Festival de Cannes 2018 e causou grande polêmica pelo modo como foi feito, dividindo os críticos. Por aqui, foi uma das atrações da programação oficial do Festival Variux de Cinema Francês, em junho de 2018. O
filme é muito bom e ratifica François Ozon como um dos mais importantes cineastas
da atualidade (é um dos meus preferidos). Com a assinatura de Ozon, recomendo
filmes como “Dentro de Casa” (2013), “Frantz” (2017), “Uma Nova Amiga” (2015),
Swimming Pool (2003) e “Jovem e Bela” (2013), este último também com Marine
Vacth. É Ozon, portanto, imperdível!
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