terça-feira, 5 de março de 2019


“COLETTE”, 2018, coprodução EUA/Inglaterra, 1h52m, roteiro de Richard Glatzer e Rebecca Lenkiewicz, com direção de Wash Westmoreland. Trata-se de um filme biográfico que acompanha a trajetória fascinante da romancista francesa Sidonie-Gabrielle Colette, mais conhecida apenas como Colette, que no início do século XX foi um grande sucesso de vendas com suas histórias apimentadas, recheadas de sexo com a personagem Claudine. A sociedade conservadora ficou escandalizada com os temas abordados por Colette. Jovem simples nascida no interior da França, ela foi pedida em casamento pelo então famoso escritor Willy (Dominic West), cujos livros, na verdade, eram escritos por jovens escritores em início de carreira (escritores-fantasmas). Willy só assinava como autor. Colette começou a escrever alguns romances que também seriam assinados por Willy. Anos mais tarde, se cansaria dessa situação, assumindo a autoria, com seu próprio nome, de outros romances, todos sucessos de vendas na época. Em sua vida pessoal, Colette se envolveria sexualmente também com outras mulheres, entre as quais a aristocrata norte-americana George Raoul-Duval (Eleonor Tomlinson) e a atriz de teatro Missy (Denise Gough), romances que seriam descritos em seus livros. Ou seja, para usar um clichê dos mais antigos, Colette era uma mulher à frente do seu tempo. Além de bonita, Keira Knightley é ótima atriz e vários diretores adoram colocá-la em filmes de época, como aconteceu em “Orgulho e Preconceito” e “Desejo e Reparação”, entre tantos outros. Exibido por aqui na programação oficial do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em novembro de 2018, “Colette” é um filme de muita qualidade, com um elenco dos melhores, uma excelente fotografia e uma primorosa reconstituição de época.   

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