“COLETTE”, 2018,
coprodução EUA/Inglaterra, 1h52m, roteiro de Richard Glatzer e Rebecca
Lenkiewicz, com direção de Wash Westmoreland. Trata-se de um filme biográfico que acompanha a trajetória fascinante da romancista francesa Sidonie-Gabrielle Colette, mais conhecida apenas como
Colette, que no início do século XX foi um grande sucesso de vendas com suas
histórias apimentadas, recheadas de sexo com a personagem Claudine. A sociedade
conservadora ficou escandalizada com os temas abordados por Colette. Jovem
simples nascida no interior da França, ela foi pedida em casamento pelo então
famoso escritor Willy (Dominic West), cujos livros, na verdade, eram escritos
por jovens escritores em início de carreira (escritores-fantasmas). Willy só
assinava como autor. Colette começou a escrever alguns romances que também seriam
assinados por Willy. Anos mais tarde, se cansaria dessa situação, assumindo a
autoria, com seu próprio nome, de outros romances, todos sucessos de vendas na
época. Em sua vida pessoal, Colette se envolveria sexualmente também com outras
mulheres, entre as quais a aristocrata norte-americana George Raoul-Duval
(Eleonor Tomlinson) e a atriz de teatro Missy (Denise Gough), romances que seriam descritos em seus livros. Ou seja, para
usar um clichê dos mais antigos, Colette era uma mulher à frente do seu tempo.
Além de bonita, Keira Knightley é ótima atriz e vários diretores adoram colocá-la
em filmes de época, como aconteceu em “Orgulho e Preconceito” e “Desejo e
Reparação”, entre tantos outros. Exibido por aqui na programação oficial do
Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em novembro de 2018, “Colette”
é um filme de muita qualidade, com um elenco dos melhores, uma excelente
fotografia e uma primorosa reconstituição de época.
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