“ANOS
DOURADOS” (“Nos Années Folles”), 2017, França, 1h43m, direção
do veterano André Téchiné. Baseado em fatos reais, o filme é uma adaptação do
livro “La Garçonne et L’Assassin: Histoire de Louise et Paul”, escrito pelos
historiadores Fabrice Virgili e Danièle Voldman, que também colaboraram com o
roteiro, juntamente com Téchiné e Cédric Anger. Ambientado entre os anos de
1914 e 1925, o filme conta a história incrível de Paul Grappe (Pierre Deladochamps),
que desertou do exército francês durante a Primeira Guerra Mundial. Antes do início
do conflito, Paul casou com Louise (Céline Sallette), que trabalhava como costureira
numa confecção. Paul foi convocado para lutar no front, mas depois de sofrer
alguns ferimentos, resolveu desertar e se esconder, pois se fosse preso seria
fuzilado. Ele então se escondeu no porão da casa da avó de Louise. Não
suportando viver daquele jeito, ele resolve, com a ajuda da própria mulher, se
vestir de mulher e sair noite afora. Nas madrugadas, ele começa a frequentar o
bosque Bois, local onde mulheres e homens se encontravam para praticar as mais
variadas formas de sexo, inclusive homem com homem. Até 1925, quando foi
anistiado, Paul Grappe transou com homens e mulheres, com o consentimento de Louise.
O relacionamento do casal entrou em crise quando Louise engravidou e teve um
filho, culminando com uma grande tragédia. A história teve grande repercussão
quando foi revelada através de uma peça de teatro, causando comoção em toda a
França. Entre os vários motivos para assistir a esse excelente drama francês,
destaco as primorosas performances do ator Pierre Deladochamps e da atriz Céline
Sallette. Também vale pela incrível história, desconhecida totalmente por aqui - pelo menos por mim.
O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2017 e fez parte da
programação oficial do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em
outubro de 2017.
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