domingo, 5 de novembro de 2017

Sempre gostei de filmes que abordam a questão Palestina, a difícil convivência com Israel, a cultura de cada povo, os imbróglios políticos que envolvem aquela região. “OS ÁRABES TAMBÉM DANÇAM” (“Aravim Rokdim”), 2014, Israel, direção de Eran Riklis, trata de todos esses assuntos. A história, ambientada a partir de 1982, quando Israel invade o Líbano, é baseada no livro autobiográfico “Dancing Arabs”, escrito por Sayed Kashua, que também assina o roteiro. A trama é centrada no jovem Eyad (Tawfeek Barhom), que reside com a família árabe no vilarejo de Tira. Esperto e inteligente, Eyad consegue uma bolsa para estudar na prestigiada Israel Arts and Science Academy, em Jerusalém. Sua origem árabe fará com que Eyad enfrente muitos desafios, como o da língua, da cultura e muito preconceito. Até o romance com uma judia, Naomi (Danielle Kitsis), será tumultuado por causa das diferenças culturais. No filme, há muitos momentos sensíveis, como a amizade de Eyad com Yonatan (Michael Moshonov), um jovem israelense que sofre de uma grave doença degenerativa, e com a mãe dele, Edna (Yaël Abecassis). Nos créditos iniciais aparece a informação de que 20% dos cidadãos israelenses são árabes, o que dá um total de 1.617.000 pessoas. Fica evidente na narrativa e nas situações que a mensagem que o diretor quis transmitir é a seguinte: não deveria haver tanta inimizade, pois somos praticamente irmãos. Sem dúvida, um filme bastante esclarecedor e realizado com grande sensibilidade. Do mesmo diretor recomendo “A Noiva Síria”, “Lemon Three” e “A Missão do Gerente de Recursos Humanos”. 

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