Sempre gostei de filmes que abordam a questão Palestina, a difícil convivência com Israel, a cultura de cada povo, os imbróglios políticos que
envolvem aquela região. “OS ÁRABES
TAMBÉM DANÇAM” (“Aravim Rokdim”),
2014, Israel, direção de Eran Riklis, trata de todos esses assuntos. A história,
ambientada a partir de 1982, quando Israel invade o Líbano, é baseada no livro
autobiográfico “Dancing Arabs”, escrito por Sayed Kashua, que também assina o
roteiro. A trama é centrada no jovem Eyad (Tawfeek Barhom), que reside com a
família árabe no vilarejo de Tira. Esperto e inteligente, Eyad consegue uma
bolsa para estudar na prestigiada Israel Arts and Science Academy, em
Jerusalém. Sua origem árabe fará com que Eyad enfrente muitos desafios, como o
da língua, da cultura e muito preconceito. Até o romance com uma judia, Naomi
(Danielle Kitsis), será tumultuado por causa das diferenças culturais. No
filme, há muitos momentos sensíveis, como a amizade de Eyad com Yonatan
(Michael Moshonov), um jovem israelense que sofre de uma grave doença
degenerativa, e com a mãe dele, Edna (Yaël Abecassis). Nos créditos iniciais
aparece a informação de que 20% dos cidadãos israelenses são árabes, o que dá
um total de 1.617.000 pessoas. Fica evidente na narrativa e nas situações que a
mensagem que o diretor quis transmitir é a seguinte: não deveria haver tanta
inimizade, pois somos praticamente irmãos. Sem dúvida, um filme bastante
esclarecedor e realizado com grande sensibilidade. Do mesmo diretor recomendo “A
Noiva Síria”, “Lemon Three” e “A Missão do Gerente de Recursos Humanos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário