“NEVE NEGRA” (“NIEVE
NEGRA”), 2017, Argentina,
segundo longa-metragem escrito e dirigido por Martín Hodara. Suspense dos
melhores, cuja história é centrada no reencontro dos irmãos Marcos (Leonardo
Sbaraglia) e Salvador (Ricardo Darín), que não se viam nem se falavam há trinta
anos. A visita não era para matar as saudades do irmão Salvador e sim tentar
convencê-lo a aceitar uma proposta de venda da velha cabana e das terras que
pertenciam à família no interior da Patagônia. Salvador vive isolado ali há
muitos anos. Casado com Laura (a atriz espanhola Laia Costa) e prestes a ser
pai, Marcos precisa de dinheiro para bancar as despesas com o nascimento do bebê,
médico, hospital etc. Salvador se recusa a discutir o assunto e manda Marcos ir
embora com a mulher. A rivalidade entre os irmãos tem a ver com uma tragédia
familiar ocorrida no passado, envolvendo a morte do irmão mais novo, Juan. A
verdade do que aconteceu virá à tona no desfecho, com uma surpreendente
revelação. O diretor Martín Hodara já havia trabalhado com Darín em 2007 no
policial noir “O Sinal”, sua estreia na direção. Mesmo que Darín não seja o protagonista
principal, sua presença carismática valoriza o drama. Outro destaque é a qualidade do roteiro, um primor, que consegue manter o suspense do começo ao fim e ainda explicar toda a história sem recorrer a malabarismos intelectuais, além das presenças, também marcantes, de Dolores Fonzi e Federico Luppi. Mais um filme argentino
que merece ser visto.
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